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Latam apresenta análise de infraestrutura aeroportuária para implantação do HUB.

Latam apresenta análise de infraestrutura aeroportuária para implantação do HUB.

Redação/Portal de Notícias e Fotojornalismo/eliasjornalista.com

O grupo Latam apresentou nesta quinta-feira (15), em Brasília (DF), a análise da infraestrutura aeroportuária do Rio Grande do Norte, Pernambuco e Ceará, estados que pleiteiam sediar o hub, centro de conexão de voos domésticos e internacionais. Os requisitos técnicos são baseados no estudo desenvolvido pela consultoria Arup e encomendado pelo grupo Latam. Além dos secretários dos estados, a apresentação contou com a participação de representantes da Secretaria de Aviação Civil (SAC) e da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). O Rio Grande do Norte foi representado pelo secretário de Estado do Turismo, Ruy Gaspar.

O levantamento indica alternativas de desenvolvimento da infraestrutura aeroportuária, uma análise independente da atual infraestrutura existente nos terminais de passageiros e de cargas dos três aeroportos. O documento aponta as melhorias e os investimentos necessários para viabilizar o hub não apenas na sua fase inicial de desenvolvimento, mas também no médio e no longo prazos.

Os principais pontos analisados foram as projeções de volume de passageiros, movimentações de aeronaves e passageiros em hora-pico (período de uma hora com maior fluxo de passageiros) para o período de 2018 a 2038, baseadas em dados do Grupo Latam, e também em projeções independentes de crescimento de outras companhias aéreas.

Foram utilizados como requisitos de planejamento para o dimensionamento do hub o banco de conexão (simultaneidade de múltiplas chegadas seguidas de múltiplas partidas que permitam a conectividade entre destinos, em um período de aproximadamente 6 horas); capacidade de pátio: máximo de 36 Aeronaves do Grupo LATAM de diferentes portes (Narrow-Body e Wide-Body) estacionadas simultaneamente e com a grande maioria conectada em pontes de embarque; e o processamento de passageiros: hub com alto percentual de passageiros em conexões na hora-pico (até 80% do volume estimado de passageiros nesse horário de concentração).

Além disso, foram avaliados os parâmetros operacionais típicos de um terminal, como nível de serviço, tempos de processamento por subsistema do aeroporto (como aparelhos de raios-x, esteiras de bagagens e outros), tempos mínimos de conexão, área de embarque suficiente para volume de passageiros em hora-pico, entre outros.

Baseado nos critérios técnicos avaliados, a Arup consultoria definiu as alternativas de desenvolvimento da infraestrutura aeroportuária para cada um dos três aeroportos envolvidos. Para o Rio Grande do Norte, a recomendação é seguir com a ampliação já prevista no Plano Diretor (“Master Plan”) do aeroporto, executando a expansão orgânica do terminal existente, com aumento da área de terminal e construção de um píer em continuidade ao terminal atual.
Uma das conclusões iniciais do estudo da Arup indica que os terminais atuais das três cidades envolvidas foram concebidos para operações ponto a ponto, sem características de um hub e, portanto, precisariam de adaptações para receber um centro de conexões de voos com as características desejadas pelo grupo Latam.
De acordo com as projeções, a capacidade declarada das pistas existentes atende à demanda prevista para o hub do Grupo Latam até 2038. No entanto, o estudo aponta que seria benéfico para todos os agentes envolvidos expandir a capacidade da pista para o padrão internacional de 40 movimentos por hora através de melhorias sistêmicas e de procedimentos.
Com as adaptações e os investimentos recomendados pelo estudo, a Arup acredita que os três aeroportos poderiam acomodar os voos e os passageiros estimados, com bom nível de serviço e eficiência, prazo de execução razoável e potencial de expansão de longo prazo.
O secretário de Turismo do RN, Ruy Gaspar, falou sobre a reunião e qual o sentimento após a apresentação da análise. “Senti uma confiança muito grande por parte deles devido à postura que o Rio Grande do Norte teve desde o início, quando na primeira reunião que tivemos com a presidente da TAM, o governador Robinson Faria garantiu a redução do ICMS sobre o querosene de aviação como atrativo. Outra vantagem que nós temos é a nossa infraestrutura aeroportuária, com maior capacidade de expansão e completamente destravada porque já tem todas as licenças ambientais liberadas. Os outros estados não têm essa capacidade de expansão. Outras vantagens é que o nosso aeroporto é privado, ou seja, o RN não terá qualquer custo com as adequações que precisarão ser feitas”, disse.

Sobre a análise, Claudia Sender, presidente da TAM S/A, declarou: “O estudo da Arup dá suporte a um dos três critérios de decisão estabelecidos pelo Grupo LATAM para a implantação do hub, que é a qualidade da infraestrutura aeroportuária, e também está conectado com os outros dois critérios, que são a experiência do cliente e a competitividade em custos. A partir dos dados trazidos pelo levantamento, continuaremos a avaliar o plano de desenvolvimento de cada um dos aeroportos”. “Seguimos confiantes no desenvolvimento do projeto, que trará benefícios para toda a região Nordeste”, completou.

Susan Baer, líder de Aviação para as Américas da Arup, comentou o estudo. “Cada um dos aeroportos candidatos no Nordeste do Brasil estará bem posicionado para acomodar os objetivos do hub do Grupo LATAM, se os investimentos recomendados forem realizados na expansão e na adaptação da infraestrutura para o centro de conexões”.

Movimentação e incremento no PIB

Segundo o estudo, a estimativa é que o hub movimente, a partir de 2018, 2 milhões de passageiros adicionais por ano, em 24 aeronaves operadas diariamente em simultâneo (entre 2.500 e 3.000 passageiros na hora-pico). Em 2038, o número de passageiros deverá chegar a 3,2 milhões por ano, em 36 aeronaves operadas diariamente e simultâneo (mais de 4.000 passageiros na hora-pico). Ainda segundo a Arup, a projeção de crescimento adicional do PIB das três cidades envolvidas no hub é da ordem de 5% a 7%, considerando a média de cinco anos de operação. Nesse período, o hub deve gerar de 34 mil a 42 mil novos empregos no Nordeste. O hub está projetado para movimentar durante a primeira fase do desenvolvimento das operações, num período de dois anos, 1,1 milhão de passageiros em voos de longo curso e entre 1 e 1,2 milhão de passageiros dentro do Brasil e entre o país e nações vizinhas da América do Sul por ano.

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