Os internos se prepararam através de aulas a distância e cursos regulares nas unidades prisionais, em parcerias com instituições públicas e voluntárias
A Secretaria da Administração Penitenciária (SEAP) mobilizou nesta terça-feira (10), 1.378 internos em 18 unidades prisionais e no Escritório Social para o primeiro dia de realização das provas do Exame Nacional do Ensino Médio das pessoas privadas de liberdade (Enem PPL). O número de inscritos neste ano é mais que o dobro do registrado no ano passado, quando o estado teve 654 participantes.
O Enem PPL é utilizado como mecanismo de acesso à educação superior. Atualmente, 78 detentos fazem curso superior no Rio Grande do Norte e outros 798 estão matriculados em cursos regulares. O Enem PPL avalia o desempenho do participante que concluiu o Ensino Médio e, a partir de critérios utilizados pelo Ministério da Educação (MEC), permite o acesso ao Ensino Superior por meio de programas como Sisu, ProUni e Fies. O tema da redação da prova foi “Medidas para o enfrentamento da recorrência da insegurança alimentar no Brasil”.
O exame é aplicado desde 2010 pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), em parceria com o Ministério da Justiça e Segurança Pública. Podem participar aqueles estados que assinam termo de adesão, responsabilidade e compromisso. O nível de dificuldade do exame é o mesmo do Enem regular.
A Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta, concentra o maior número de inscritos para o Enem deste ano: 383. É seguida da Cadeia Pública Dinorá Simas, em Ceará-Mirim, com 254 inscritos; 137 na Mário Negócio, em Mossoró; 100 na Penitenciário Estadual de Parnamirim.
No RN, os internos se prepararam através de aulas a distância e cursos regulares nas unidades prisionais, em parcerias com instituições públicas e voluntárias. No Brasil, 71.614 mil privados de liberdade fizeram o exame. Segundo o Inep, 65.215, o equivalente a 91%, são homens e 6.399, ou 9%, mulheres. A faixa etária de 31 a 45 anos representa 43,8% dos inscritos, seguida pelo grupo dos que têm de 46 a 59 anos (7,9%).
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