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Postado às 19h03 DestaqueMarinha Nenhum comentário

Cerimônia de Batimento de Quilha do primeiro navio da classe foi realizada em Itajaí (SC).

Mais uma importante etapa de construção das Fragatas Classe “Tamandaré” está concluída. Foi apresentada, nesta sexta-feira (24), pela Marinha do Brasil (MB) e pela Sociedade de Propósito Específico (SPE) Águas Azuis, a “espinha dorsal” da primeira fragata dessa classe, ou seja, a quilha, parte estrutural de um navio, que possibilita a montagem das demais partes e módulos de sua construção. A apresentação ocorreu durante a cerimônia de “Batimento de Quilha”, na thyssenkrupp Estaleiro Brasil Sul (tkEBS), em Itajaí (SC). Na construção naval, o batimento de quilha é considerado uma forma de trazer boa sorte.

O evento foi presidido pelo Comandante da Marinha, Almirante de Esquadra Marcos Sampaio Olsen. Durante a cerimônia, o CEO da SPE Águas Azuis, Fernando Queiroz, realizou a entrega das moedas comemorativas do “Batimento de Quilha” ao Comandante da Marinha, aos membros do Almirantado e demais autoridades ali presentes. Também foram reunidas as moedas utilizadas no processo de batimento de quilha, para homenagear o trabalho dos construtores navais que estão atuando no desenvolvimento da Classe “Tamandaré”.

O Diretor-Geral do Material da Marinha, Almirante de Esquadra Arthur Fernando Bettega Corrêa, destacou que as Fragatas Classe “Tamandaré” serão navios-escolta versáteis e de expressivo poder de combate, capazes de se contrapor a múltiplas ameaças aéreas, submarinas e de superfície. “Esses navios também levarão nossa bandeira e defenderão os interesses nacionais, onde a Política Externa demandar, reiterando o compromisso do Brasil com a paz, incrementando nossa Diplomacia Naval e demonstrando o elevado nível tecnológico e a capacidade empreendedora da indústria nacional”, complementa.

Para o CEO da SPE Água Azuis, esse é um dos projetos navais mais inovadores já desenvolvidos no Brasil. “Reforço a importância que a Classe ‘Tamandaré’ representa, não só para a defesa da soberania do nosso País e da Amazônia Azul, mas também para o desenvolvimento tecnológico de uma ampla cadeia de valor e de profissionais que estão impulsionando o mercado nacional de construção naval e de equipamentos de defesa”, disse.

Engenharia das Fragatas e geração de empregos
Com a evolução da engenharia e utilização de modernos processos de produção adotados no Programa Fragatas Classe “Tamandaré”, os navios são edificados em blocos. Por isso, no caso da Fragata “Tamandaré”, a primeira das quatro que serão entregues, o batimento de quilha é caracterizado pelo posicionamento, no seu local de edificação, de um importante bloco estrutural, que pesa cerca de 52 toneladas e corresponde à praça de máquinas da parte de vante (frente) do navio, onde serão instalados dois motores, uma caixa redutora e diversas bombas e equipamentos auxiliares.

Esses navios, com previsão de entrega entre 2025 e 2029, terão alto poder de combate e serão capazes de proteger a extensa área marítima brasileira, com mais de 5,7 mil km², denominada “Amazônia Azul”, além de realizar operações de busca e salvamento e atender a compromissos internacionais. Os navios serão empregados na patrulha das Águas Jurisdicionais Brasileiras, com ênfase na fiscalização e proteção das atividades econômicas, principalmente a petrolífera e a pesqueira.

Dois mil empregos diretos e 6 mil indiretos devem ser gerados no auge da produção dos navios. A produção será feita com, pelo menos, 30% de conteúdo local no primeiro navio, e 40% a partir do segundo, o que proporciona uma transferência gradual de tecnologia em engenharia naval para a fabricação de navios militares e sistemas de gerenciamento de combate e de plataforma em solo brasileiro. As fragatas serão baseadas no projeto alemão MEKO, já utilizado em 82 embarcações em operação em marinhas de 15 países.

Sobre esse assunto, o CEO da Águas Azuis afirmou que esse empreendimento em Itajaí contribui para que Santa Catarina figure entre os estados com as menores taxas de desemprego do País. “Crescimento socioeconômico, transferência de tecnologia, garantia de conteúdo local que alavanca a base industrial de defesa e formação de mão de obra altamente qualificada”, afirmou.

Fonte: Agência Marinha de Notícias
Acesse: https://www.marinha.mil.br/agenciadenoticias/

 

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