Redação/Blog Elias Jornalista
Mayra Aguiar (78kg) chegou, pela terceira vez consecutiva, ao pódio olímpico e de forma emocionante, na madrugada desta quinta-feira, 29. Depois de vencer a primeira luta e cair nas quartas-de-final, a brasileira buscou uma recuperação na repescagem, vencendo Aleksandra Babintseva (RUS) e, em seguida, imobilizou Yoon Hyunji, da Coreia do Sul, por 20 segundos para assegurar sua terceira medalha de bronze olímpica. O feito é inédito entre as atletas mulheres de esportes individuais do Brasil.
A medalha vem dez meses após Mayra sofrer uma grave lesão no joelho esquerdo que a fez passar por uma cirurgia e a afastou dos tatames até junho, quando lutou o Mundial, em Budapeste. As incertezas e as dificuldades superadas pela lesão e pela pandemia trouxeram um peso maior à essa conquista para a atleta.
“Nunca chorei tanto. Estava chorando igual criança ali. É que está muito entalado. Tudo o que eu vivi, foi muito tempo de superação, uma atrás da outra. E, hoje, poder concretizar com uma medalha é muito importante para mim. É a maior conquista que eu já tive em toda a minha carreira. Por tudo o que aconteceu, tudo o que vivi, poder estar com isso concretizado é muito gostoso, está sendo muito bom”, celebrou a atleta.
O caminho da medalha
Nas preliminares, Mayra venceu Inbar Lanir, de Israel, com um belo ippon e avançou às quartas-de-final, onde encarou a atual campeã mundial, Anna-Maria Wagner, da Alemanha. Em luta muito equilibrada, a brasileira acabou levando duas punições e precisou abrir ataques para não ser punida novamente. Em uma entrada, levou o contra-golpe, no golden score, e Wagner marcou o waza-ari que lhe garantiu nas semifinais.
Para manter vivo o sonho da terceira medalha, Mayra precisou, então, passar pela russa Aleksandra Babintseva, na repescagem. Levando vantagem nas trocas de pegadas, a brasileira conseguiu forçar três erros da russa que, por fim, levou uma punição por saída de área, o que garantiu Mayra na disputa de bronze.
Yoon veio das semifinais depois de perder, também nos shidos, para a francesa Madeleine Malonga. Mas, logos nos primeiros minutos de luta, Mayra se impôs e encaixou uma sequência de golpe com transição ao chão para imobilizar a coreana e garantir a 24ª medalha da história do judô brasileiro.
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