Para quem sofre com a endometriose e utiliza medicamentos analgésicos ou anticoncepcionais, o canabidiol surge como um tratamento eficaz para a doença. Segundo dados mais recentes do Governo Federal, divulgados em 2021, foram realizados mais de 26,4 mil atendimentos atrelados a enfermidade no Sistema Único de Saúde (SUS) naquele ano, além de oito mil internações registradas na rede pública de saúde.
A endometriose desencadeia dificuldade de engravidar, pode causar infertilidade e ainda comprometer órgãos como ovários, útero, bexiga e intestinos, tendo como maior queixa a dor pélvica. Alguns dos sintomas da doença são cólicas intensas antes ou durante a menstruação, dor durante as relações sexuais, menstruação abundante, sangramento fora do período correto, dor ao urinar ou evacuar, diarreia, prisão de ventre, inchaço e cansaço extremo.
Segundo o médico especialista em cannabis medicinal, Daumiro Tanure, Coordenador do Pronto Atendimento Espaço Saúde da Santa Casa de Curitiba, Membro da SBEC – Sociedade Brasileira do Estudo da Cannabis Sativa e médico do Centro de Acolhimento em Terapia Canabinoide Anna, a cannabis medicinal auxilia no tratamento da endometriose por desempenhar um papel importante na regulação de diversas funções fisiológicas. “O canabidiol auxilia na manutenção da homeostase, responsável pelo equilíbrio interno do corpo, e possui propriedades analgésicas, anti-inflamatórias, imunológicas, reduzindo significativamente a percepção da dor e a inflamação que a endometriose causa”, explica.
De acordo com o especialista, o tratamento com canabidiol é recorrente e precisa ser indicado corretamente por um médico especialista. “A ingestão do canabidiol pelos pacientes costuma ser diária, mas com prescrição de acordo com o quadro clínico de cada paciente. Assim como tudo na medicina, a análise humanizada é fundamental para o planejamento de um tratamento adequado e eficiente”, detalha Tanure. Ele enfatiza que um estudo recente australiano concluiu que 12,5% das mulheres com endometriose que usam cannabis para aliviar a dor, principal reclamação, e outros sintomas sentiram melhora. “Os participantes afirmaram que foi o tratamento mais eficaz dos sintomas”, completa o especialista.
Fonte: P+G Comunicação Integrada
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