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O anúncio de mudança de status da Refinaria Clara Camarão, instalada no município de Guamaré, saindo do domínio da diretoria de Refino da Petrobras para a de Distribuição, foi a preocupação apresentada pelo deputado Fernando Mineiro (PT) na sessão desta terça-feira na Assembleia Legislativa. O parlamentar debateu sobre o assunto e convocou a Assembleia Legislativa para se pronunciar contra a decisão da Petrobras.
“A mudança de status da refinaria é, na prática, a diminuição de investimentos da Petrobras no Rio Grande do Norte e a desativação das funções de refino de combustível de aviação”, explicou o deputado Mineiro em seu pronunciamento, lembrando que no ano passado a Petrobras já havia desativado a planta de biocombustível.
O parlamentar convocou a Assembleia a se pronunciar sobre o assunto justificando que o “desinvestimento” provocará em Mossoró o fechamento de pousadas e restaurantes. “Todo mundo fala da influência da Petrobras na cidade”, ressaltou o deputado, preocupado com a medida adotada pelo Governo Temer, reduzindo o papel da empresa no Rio Grande do Norte.
Politicamente, para Mineiro, “o governo ilegítimo tem o apoio da maioria da bancada federal do Rio Grande do Norte que está fazendo cara de paisagem para esse retrocesso”. Mineiro também convocou a sociedade a cobrar da bancada federal que, para ele, está “alheia” a esses acontecimentos.
Em aparte a deputada Larissa Rosado (PSB) afirmou que na semana passada cobrou informações da Petrobras sobre o “desinvestimento” que faz a Clara Camarão perder o status de refinaria e passar a ser apenas um ativo da Petrobras. A deputada criticou o leilão de poços maduros, ressaltando que empresas pequenas não terão acesso, beneficiando somente grandes multinacionais, com suporte necessário para adquirir os poços. “Se hoje estamos assistindo esse desinvestimento com os leilões de poços maduros, podemos assistir depois a um leilão da refinaria?”, questionou Larissa.
A deputada Márcia Maia (PSDB) também aparteou o discurso de Mineiro, lembrando que a refinaria Clara Camarão foi inaugurada no governo Wilma de Faria, e que a história da empresa consta hoje do Memorial criado em homenagem à ex-governadora. “É um absurdo o que está acontecendo aqui; uma refinaria no Ceará tem menor porte e não perdeu status”, criticou Márcia.
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