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Em seu pronunciamento durante a sessão plenária desta terça-feira (14), o deputado Fernando Mineiro (PT) criticou a postura do Governo do Estado por não dialogar com os servidores e seus representantes. O parlamentar disse que está indignado com a situação de “caos instalado” e com a falta de respostas para o conjunto de servidores.
“Expresso minha indignação com o que está acontecendo. Ontem os servidores da saúde e UERN fizeram tentativas de diálogo com o Executivo para obter informações sobre o pagamento, mas sabemos que o caos está instalado e o Governo não tem respostas mais concretas. Há uma situação de desespero, principalmente para os pequenos servidores que ganham entre dois e três mil reais”, afirmou.
Mineiro explicou que essa grande parcela de servidores não tem outra fonte de renda, estão num total desespero pois não tem alternativas para arcar com despesas como supermercado, plano de saúde e outras, ficando numa situação bastante dramática.
“Quem ganha pouco não tem como ter reservas financeiras e ao invés de spray de pimenta, deveriam ter sido recebidos com diálogo. Quem está pagando a conta são os servidores do Executivo”, criticou. O deputado informou ainda que sugeriu ao Gabinete Civil que mantivesse audiência para negociação com os sindicatos, o que não ocorreu.
O parlamentar sugeriu uma ação unificada entre os poderes para o enfrentamento da crise nas finanças do Estado. “O caminho para enfrentar os problemas requer uma repactuação entre os poderes. Não dá para achar que só os servidores do Executivo sejam responsabilizados pela crise e arquem com essa conta. A judicialização não vai resolver, assim como não vai resolver mandar prender a diretora do Hospital Walfredo Gurgel porque não há vagas na UTI”, criticou Mineiro.
Em aparte, os deputados Hermano Morais (PMDB), Nelter Queiroz (PMDB) e Raimundo Fernandes (PSDB) endossaram a preocupação com a situação dos servidores.
“Há uma situação de seca prolongada, de crise nacional, mas há estados vizinhos, como a Paraíba, que estão em situação melhor. Os servidores estão desesperados”, disse Hermano, sugerindo uma repactuação de valores. Raimundo Fernandes afirmou que da forma como está, a polícia não tem como enfrentar o crime, nem a saúde funcionar. “Em 40 anos de vida pública, nunca presenciei uma crise como essa”, disse. Nelter Queiroz disse que o Estado precisa fazer o que tem que ser feito, tomar decisões para enfrentar o problema.
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