Redação/eliasjornalista.com
Com objetivo de levantar debate sobre o tema e buscar respostas e soluções para a situação do trânsito de Natal, aconteceu na manhã desta sexta-feira (23), na Câmara Municipal de Natal, audiência pública sobre Mobilidade urbana e educação no trânsito. O propositor da audiência foi o vereador Rafael Motta (PROS-RN) e contou com a participação dos representantes da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob), da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e da Polícia Rodoviária Estadual, além do deputado estadual Kelps Lima (Solidariedade) e dos vereadores Felipe Alves (PMDB), Sandro Pimentel (PSOL) e Aroldo Alves (PSDB).
De acordo o vereador Rafael Motta, propositor da audiência, entre os pontos da pauta de discussões a questão do tão falado legado da Copa tem que ser debatido pela sociedade para esclarecer pontos fundamentais, como: Quais benefícios o mundial trouxe para a cidade? As obras de mobilidade que estão sendo feitas vão atender realmente a necessidade de mobilidade das pessoas? Todas estas questões foram colocados em pauta e discutidas no plenário.
Obrigatoriamente as obras motivadas pela Copa do Mundo da FIFA tem que seguir a Lei Federal 12.587, que institui a Política Nacional de Mobilidade Urbana. “Esta lei, entre outras coisas, prioriza pedestres e transporte coletivo. Aliás, os governantes devem entender que o conceito de mobilidade urbana não significa construir espaços para carros, mas, principalmente, facilitar o acesso das pessoas à cidade. Tendo em vista que os motoristas também são pedestres”, explicou Rafael, lembrando que seu mandato apresentou emenda parlamentar ao Plano Plurianual de Natal (PPA 2014/2017) que garante investimento de R$ 100 mil em projetos de educação no trânsito.
Entre os debatedores posições divergentes foram apresentadas:
Jaime Balderrama, diretor de planejamento da Semob, falou que os viadutos, túneis e passarelas resolverão os problemas nos pontos em que foram colocados. “Porém, a solução definitiva é diminuir o uso do automóvel e investir na expansão e modernização dos transportes públicos”. “Neste sentido, a prefeitura trabalha com a perspectiva de implantar os corredores exclusivos para ônibus e iniciar a licitação dos transportes”, informou.
O professor de engenharia de transportes da UFRN, Rubens Lemos, por sua vez, disse que as mudanças vão degradar o espaço urbano e dificultar o fluxo das pessoas nas áreas que sofreram intervenções. “Em resumo, as novas estruturas não trarão benefícios. Motivo: trata-se de obras viárias que priorizam carros e não, como dizem obras de mobilidade urbana. Comércio e meio ambiente também serão afetados de forma negativa”.
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