Marca Maxmeio

Postado às 19h06 CidadePlantão Nenhum comentário

Mutirões da cidadania atendem mais de mil mulheres e crianças no RN. (Foto: Sandro Menezes).

Redação/Portal de Notícias e Fotojornalismo/eliasjornalista.com

Moradora do sítio Baixa do Tubarão, a agricultora familiar Maria das Graças Carvalho Amorim, 28 anos, mãe de três filhos pequenos, viajou 24 km, da zona rural ao centro, para fazer uma nova via da identidade. Ela adquiriu o documento gratuitamente graças ao mutirão do Programa Estadual de Documentação da Mulher Trabalhadora Rural, realizado quinta-feira (27) e sexta-feira (28), na sede do Sindicato dos Trabalhadores e das Trabalhadoras Rurais (STTR), na cidade de Apodi, distante 340 km da Capital “Estou achando muito bom poder resolver isso aqui hoje, com facilidade e na nossa própria cidade, porque a situação financeira está muito difícil e toda economia faz a diferença”, disse Gracinha, como é mais conhecida.

O sorriso no rosto da agricultora e artesã Antônia Ediones de Freitas Lima, 54, demonstra o quanto os mutirões estão sendo bem recebidos pelo seu público alvo. Ela ouviu falar da ação no noticiário do rádio, na manhã de sexta, e imediatamente se arrumou para aproveitar a oportunidade. “É de graça, recebe na hora e é aqui mesmo, perto de casa. Fui muito bem recebida e só tenho a agradecer à equipe do governo. Todos têm olhado para nós, agricultores e artesãos”, declarou.

Coordenado pela Sedraf (Secretaria de Estado do Desenvolvimento Rural e da Agricultura Familiar), o Programa Estadual de Documentação da Mulher Trabalhadora Rural, lançado no Dia Internacional da Mulher (8 de março), pela governadora Fátima Bezerra, garante de forma gratuita o acesso das mulheres trabalhadoras rurais aos documentos civis e trabalhistas. Os atendimentos estão sendo realizados por meio de mutirões nas proximidades de moradia, no sentido de fortalecer a cidadania e contribuir para a autonomia dessas mulheres, possibilitando o acesso às políticas públicas e contribuir para igualdade entre homens e mulheres no Rio Grande do Norte.

O secretário Alexandre Lima disse que a meta do programa é realizar três mil atendimentos até o final do ano. “Nós buscamos atingir uma parcela da população que geralmente não são beneficiadas pelas políticas públicas.  Essas ações têm aproximado essas mulheres a um direito tão básico que é a documentação. Isso facilita o acesso delas tanto às redes de promoção social quanto aos programas de inclusão produtivas. E isso só se faz com identidade”, explicou.

Ele informou que já existe um cronograma estabelecido até dezembro e todos os territórios do Estado serão percorridos. Até o momento, foram realizados mutirões em Currais Novos, Caicó, Paraú e Apodi, totalizando mais de mil emissões de documentos, muitos deles sendo primeira via, principalmente para mulheres jovens e também crianças. O público prioritário de atendimento do programa são as mulheres da agricultura familiar, acampadas, assentadas da reforma agrária, pescadoras artesanais, extrativistas, quilombolas, indígenas e mulheres trabalhadoras rurais de uma forma geral. Os mutirões têm a parceria com o ITEP-RN, prefeituras municipais e Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (STTR).

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *