Crédito Divulgação/ Semtas.

O trabalho infantil é uma violação dos direitos das crianças e adolescentes, uma realidade ainda presente na sociedade e frequentemente vista de forma equivocada como benéfica. A falta de compreensão dos malefícios físicos e psicológicos envolvidos perpetua essa prática. Para abordar essa questão, a campanha nacional do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI) traz o tema: “O trabalho infantil que ninguém vê”, buscando dar visibilidade a essa temática muitas vezes invisível, especialmente no contexto do trabalho infantil doméstico disfarçado de “ajuda”.

Comprometida com o enfrentamento dessa violação de direitos em Natal, a Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social (SEMTAS), através do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI), promoverá ao longo do mês de junho uma série de ações alusivas à erradicação do trabalho infantil.

Essas ações incluem a oferta de reflexões para os profissionais do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) sobre a aprendizagem profissional e a complexidade do trabalho infantil associado ao tráfico de drogas. Um dos destaques será o minicurso “O trabalho infantil que ninguém vê: entre a legalidade e a ilegalidade”, que abordará essas questões detalhadamente e terá sua aula inaugural na próxima quarta-feira (5).

Além da formação, no dia 12 de junho, será realizada uma blitz educativa para conscientizar a sociedade sobre os malefícios do trabalho infantil e elucidar as ações contínuas promovidas pela SEMTAS e o PETI. A iniciativa busca sensibilizar a população sobre os riscos dessa atividade e reforçar a importância de ações permanentes além das datas comemorativas.

Sobre a campanha, Layana Lima, coordenadora do PETI, afirma: “Trazer reflexões acerca da violação de direitos e riscos transversais ao trabalho infantil é um passo importante para prevenir e combater tais práticas. Muitas vezes, essa realidade não é compreendida como trabalho, já que o termo ‘ajudar’ reveste o trabalho precário, com jornadas exaustivas, impedindo as crianças de brincar e estudar”.