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Um retrato duro da realidade ao abandonars lares em busca de um futuro melhor. (Foto: Pedro Vitorino).

Redação/Portal de Notícias e Fotojornalismo/eliasjornalista.com

Em um passado não tão distante, nós nordestinos é quem figurávamos nas manchetes e pesquisas sobre migrações no brasil. De certa forma, mudamos padrões e deixamos um pouco de nossa cultura em cada canto desse belo País.

Os tempos eram de seca severa, fome, falta de perspectivas para o futuro. Onde muitos pais de família abandonaram seus lares para construir um futuro em terras novas como Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro.

No século passado, Brasília iniciava sua construção e a mão de obra operária em grande parte veio do Nordeste. Já os grandes centros como Rio e São Paulo, demandavam além da mão de obra da construção civil, a mão de obra operária como um todo. Grandes indústrias, fábricas automobilísticas e sim a construção civil também.

Hoje, graças a políticas nacionais de convívio com a seca, o desenvolvimento da tecnologia de dessalinização da água, boom das energias (eólica e solar) e o boom imobiliário, fizeram do nordeste rico em mão de obra e alguns recursos naturais como petróleo, sal, ventos e sol, pudesse servir de rota de imigração ao contrário da emigração que era comum no século 20.

Não obstante ao tema, faço alguns questionamentos:
– Quem são os imigrantes que periodicamente desembarcam em nosso País/Estado/Cidade?
– Indivíduos? Famílias inteiras? Idosos? Pessoas em situação de vulnerabilidade social e de saúde?
– O que as atraiu e as fez entrar em rota de emigração?
– Estamos preparados para receber essas pessoas? Nossa saúde pública está apta a receber tantas pessoas vindas de locais onde doenças como o sarampo não se via a muitas décadas e agora podem impactar no status de erradicada?
– Como essas imigrações podem impactar em programas políticos e de desenvolvimento social?
– O nordestino é um povo que, historicamente, sabe receber bem os visitantes: mas será que vai saber receber bem esses novos imigrantes? Muitos deles tem curso superior ou técnico, porém não podem trabalhar aqui pois seus diplomas não são validados. Qual o impacto dessa mão de obra especializada sendo subutilizada?

São raras as políticas econômicas e sociais que não afetam ou não são afetadas pela migração. A complexidade dos diferentes movimentos populacionais, sua composição e seu significado social, econômico, demográfico e político geram novas inquietudes e precisam ser amplamente debatidas.
Texto e Foto: Pedro Vitorino

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