Oficina Africanear debate racismo com estudantes da Escola Municipal Jornalista Erivan França.
A Secretaria Municipal de Educação de Natal, por meio do Departamento de Ensino Fundamental, promoveu nesta terça-feira (19) a oficina literária “Africanear” – Por uma Educação Antirracista, ministrada pela assessoras pedagógicas Adriana Ferreira e Alessandra Ferreira. A oficina foi realizada na Escola Municipal Jornalista Erivan França, situada no bairro Igapó, e reuniu os estudantes e professores da unidade de ensino.
O evento proporcionou aos estudantes uma oportunidade de aprofundar seus conhecimentos sobre o racismo e suas implicações na vida cotidiana. A professora Adriana Ferreira destacou sobre a importância da temática ser trabalhada nas escolas. “É nessa perspectiva que pensamos a oficina literária Africanear com o objetivo de desconstruir estereótipos que foram perpassados ao longo do tempo. E por meio da literatura temos a ferramenta que possibilita os nossos estudantes compreenderem que o respeito às diferenças deve fazer parte da nossa vida para fortalecimento das relações étnico-raciais”, afirmou.
Durante a oficina os estudantes participaram de atividades envolventes e esclarecedoras. Eles discutiram conceitos-chave, aprenderam sobre a importância da diversidade e compreenderam como o racismo afeta a vida de muitos de seus colegas. Através de histórias, debates e reflexões, os estudantes foram incentivados a refletir sobre os próprios preconceitos e a se tornarem agentes ativos na promoção do antirracismo.
A diretora da Escola Municipal Jornalista Erivan França, Poliana Epaminondas Vieira, enfatizou a relevância da oficina como parte de um esforço contínuo para criar um ambiente de aprendizado inclusivo e respeitoso. “Trazer para a escola o tema racismo é de extrema importância, esclarecer e oferecer aos nossos estudantes sobre esse assunto. Vivemos em uma sociedade que infelizmente está cada vez mais preconceituosa e racista, percebemos nas falas das crianças muitas vezes falas racistas e de muito desrespeito e isso inquietou a equipe da escola. Dessa forma temos a oportunidade de ofertar aos nossos alunos vivências e histórias que irão contribuir de forma positiva na formação do caráter cidadão dos estudantes e cultivar a cultura do respeito”, destacou a diretora.
A professora Eloisa Correia de Lima Silva, que desempenhou um papel fundamental na organização da oficina, expressou a satisfação ao ver os estudantes tão envolvidos e interessados no assunto. “Eles enfatizaram que o aprendizado sobre antirracismo é uma lição crucial que vai muito além dos livros didáticos, moldando o caráter e os valores dos futuros cidadãos”, disse.
Bastante concentrada estava a estudante Camile Beatriz Alves de Oliveira, de sete anos. “Eu aprendi que o racismo é uma coisa de muito mau gosto, e que devemos respeitar uns aos outros”, reforçou a estudante, que está cursando o 2º ano do Ensino Fundamental.
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