A Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (SESED) divulgou nesta sexta-feira (08), em meio às celebrações pelo Dia Internacional da Mulher, o primeiro balanço da Operação Átria – deflagrada nacionalmente no início do mês, e cuja missão é combater os crimes de violência contra as mulheres. Nesta primeira semana, somente no Rio Grande do Norte, 990 diligências foram realizadas, com 33 prisões e quatro armas brancas apreendidas.
Pelo menos 160 policiais, agentes e servidores da Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros Militar e do Instituto Técnico-Científico de Perícia participam das atividades em território potiguar. Ainda durante as ações, 161 mulheres, vítimas de violência física e/ou psicológica, foram atendidas, seis resgatadas e 49 medidas protetivas de urgência solicitadas.
Também foram realizadas 45 ações educativas, sendo 30 panfletagens e 15 palestras em escolas e unidades de saúde.
Dia D
O Dia D da Operação Átria aconteceu nesta sexta-feira (08). Mandados de prisão foram cumpridos em Mossoró e Pau dos Ferros. Neste último, destaque para o resgate de uma adolescente de 16 anos que estava sendo explorada sexualmente em um bar. No estabelecimento, que foi fechado pela Polícia Civil, funcionava uma casa de prostituição. Vários quartos eram usados para os programas.
A maior já realizada
A Operação Átria foi deflagrada no dia 1º de março e vai até o dia 29. É a maior já realizada no país com a finalidade de promover medidas preventivas e de combate aos crimes de violência de gênero. No Rio Grande do Norte, a Operação Átria é coordenada pela SESED, com o apoio do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). O Departamento de Proteção a Grupos em Situação de Vulnerabilidade (DPGV) da Polícia Civil está como ponto focal da coordenação. O papel é planejar a execução da operação, além de realizar a articulação com as forças de segurança e a rede de proteção, monitorar e acompanhar as ações.
“A ação desse ano tem uma novidade, que é a integração entre as forças. Estamos unidos para um objetivo em comum, combater a violência contra a mulher”, afirmou Helena De Paula, diretora do DPGV.
Posição de destaque
A denominação da Operação Átria é uma alusão ao nome da principal estrela da constelação “Triângulo Austral”, do hemisfério estelar sul. A estrela tem posição de destaque na bandeira do Brasil, e por este detalhe ilustra a ideia de reposicionar mulheres agredidas, retirando-as da condição de vítima e devolvendo-as ao seu lugar.
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