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Pesquisa constata que há desenvolvimento paralelo na produção oral e fluência de leitura para crianças com aulas em inglês, sem prejuízo para a língua pátria.

Questionamentos do tipo “será que vale a pena?” ou “meu filho é muito novo…” podem surgir na hora que os optam por alfabetizar os filhos em duas línguas. Mas um estudo realizado pelas pesquisadoras Ana Clara Oliveira Costa, do Instituto do Cérebro (Ice), e Janaina Weissheimer, do Programa de Pós-graduação em Estudos da Linguagem (PpgEL), ambos, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), identificou que as crianças têm capacidade de serem alfabetizadas em duas línguas sem prejuízo.

O estudo apontou que há um desenvolvimento paralelo da conectividade na produção oral e na fluência de leitura de crianças bilíngues. “Nós investigamos os efeitos da biliteracia, o conjunto de competências linguísticas e habilidades cognitivas que acontecem de forma simultânea nos níveis de fala e fluência tanto em português quanto em inglês”, explicou Janaína Weissheimer. A pesquisa foi realizada com 31 alunos, do 5º ano da escola Maple Bear Natal. Os estudantes têm uma média de 10 anos de idade.

“A quantidade de crianças alfabetizadas em duas línguas no Brasil tem crescido significativamente. Contudo, é necessário entender melhor o processo de leitura e escrita dessas crianças e, por isso, optamos por avaliar os efeitos da biliteracia e fazer a pesquisa na Maple Bear Natal, já que as crianças têm aulas 100% em inglês desde o primeiro instante que entram na instituição até os 4 anos de idade. A partir dos 5 anos a exposição muda para 25% em português e 75% em inglês”, detalhou Ana Clara Oliveira.

Método da pesquisa

No primeiro momento da pesquisa, foi solicitado aos participantes que criassem uma narrativa oral a partir de uma sequência de cinco imagens uma em inglês e outra em português, em ordem contrabalançada. A conectividade da fala foi medida por meio da análise da trajetória gráfica da fala, realizada com a ferramenta computacional SpeechGraphs.

Na segunda etapa da coleta de dados, foram utilizados testes de leitura em inglês e português. Os testes foram aplicados individualmente durante as aulas. A partir dos dados, foi gerada uma medida de fluência de leitura – tempo de leitura silenciosa em segundos. Os textos dos testes de leitura continham em média o mesmo número de palavras e foram escolhidos de acordo com o nível de proficiência de leitura dos participantes. No terceiro momento, os estudantes realizaram um teste de proficiência, através de chromebooks.

Resultados

À primeira vista, as pesquisadoras observaram que as médias de fluência de leitura em português são maiores que em inglês, o que já era esperado, uma vez que, mesmo com a intensa exposição ao inglês que as crianças recebem, a língua pátria é dominante no ambiente doméstico e na comunidade. Já as médias de conectividade nas duas línguas são bastante próximas, o que evidencia um nível muito semelhante de organização do pensamento nas duas línguas. “Os resultados mostram que a conectividade e a fluência de leitura, tempo de leitura, se desenvolvem em paralelo”, afirmou Ana Clara.

Com isso, as pesquisadoras defendem que o repertório linguístico do indivíduo bilingue constitui um sistema integrado e não dois sistemas independentes. “A partir disso, o objetivo é projetar pedagogias instrucionais eficazes que apoiem o crescimento desses estudantes como leitores e escritores”, finalizou Janaina Weissheimer.

Saiba Mais sobre a Maple Bear Natal

A Maple Bear Natal é uma escola com a metodologia diferenciada, com aulas em inglês para crianças a partir de um ano, aplicando o método canadense de ensino, reconhecido no mundo todo.

Com 13 anos de história, a escola vem se firmando como uma das principais instituições de ensino do RN, enraizada no propósito de levar a educação de excelência e focada na transformação do ser humano, onde a formação integral do aluno é a principal missão.

A escola oferece turmas de educação infantil até o ensino fundamental. A metodologia canadense de ensino estimula a observação, a resolução de problemas e a tomada de decisões. São atividades que contribuem para a formação de crianças independentes e com pensamento crítico.

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