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(Foto: Raiane Miranda – Assecom\RN).

Redação/Blog Elias Jornalista

Ferramenta vai possibilitar registro de todo trabalho de pesquisa clínica realizado com imunobiológicos no Brasil

O governador em exercício do Rio Grande do Norte, Antenor Roberto, participou na manhã desta segunda-feira, 8, do lançamento – pelo Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde da UFRN (LAIS) – da plataforma ADA para a Integração de Pesquisas Clínicas.

“É mais uma importante ferramenta no campo da ciência, do controle e democracia das informações da pesquisa clínica. Nosso governo tem relações fortes com as universidades e com o IFRN, temos compromisso com o ensino, a pesquisa e a extensão”, afirmou Antenor Roberto no ato de lançamento no auditório do Hotel Holiday Inn em Natal.

Antenor citou as parcerias do Governo do RN com o LAIS. Lembrou que o estado tinha poucos leitos de UTI e um pequeno controle de ocupação. As dificuldades foram agravadas com a pandemia da Covid-19 e o estado decidiu implantar leitos regionalizados a partir do SUS. E, para melhor gerenciar o sistema, buscou parcerias com o LAIS que permitiram critérios e controle efetivos.

“Realizamos um trabalho extraordinário, que rende frutos. O RN + Vacina permite a distribuição rápida aos municípios, em até 24h após o recebimento do Ministério da Saúde. O Regula RN ordena e padroniza o fluxo de acesso aos leitos Covid-19 (críticos e clínicos) no Rio Grande do Norte e dessa forma promove transparência, integridade e equidade no acesso aos serviços”, pontuou o governador em exercício.

Além disso e por meio de uma série de algoritmos de automatização de processos, o Regula RN é capaz de otimizar o tempo de resposta do SUS para a utilização dos leitos ofertados no estado. Desde que entrou em funcionamento, em abril de 2020, o Regula RN já registra 14.528 vidas salvas em leitos SUS.

Agora, após o Regula RN e o RN + Vacina, outro projeto está em desenvolvimento para a ampliação da regulação de leitos gerais e exames na rede hospitalar pública, também em cooperação técnica entre o Governo do RN, através da Sesap, Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS/UFRN) e Ministério Público Federal no Rio Grande do Norte (MPF/RN).

Diretor-executivo do LAIS, Ricardo Valentim registrou que a plataforma Ada é “mais um momento singular do laboratório e importante por que virão outras pesquisas para imunizantes”. Ele atribuiu ao sucesso no enfrentamento à pandemia da Covid 19 no RN à forte cooperação técnica. “A plataforma Ada é fruto do RN + Vacina”, declarou, para acrescentar que o Regula RN acompanha o quadro clínico do paciente desde quando entra no leito até o final tratamento. “Com isso o sistema dá transparência às informações, acesso aos leitos SUS, e registra a estatística das ocorrências, a aplicação e a eficácia das vacinas”.

Representando o secretário estadual de Saúde, Cipriano Maia, o subsecretário de gestão das regiões e redes de atenção da Sesap, Elan Ferreira disse que os sistemas desenvolvidos em cooperação com o LAIS “levaram o RN a posição de destaque no cenário nacional em relação à transparência na gestão da pandemia”.

O ato também contou com a presença do pró-reitor adjunto de planejamento da UFRN, representando o reitor José Daniel Diniz, Djalma Ribeiro, representante do Instituto Nacional de Infectologia da Fiocruz, Leonardo Paiva, gerente de ensino e pesquisa do Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL), Carlos Alberto Araújo, pesquisador da rede internacional de prevenção à Covid-19, médico infectologista e integrante do Hospital Federal dos Servidores no Rio de Janeiro, Esaú Custódio, pesquisadores, professores, profissionais de saúde, estudantes de pós-graduação na área de saúde.

Plataforma
Por meio da Plataforma ADA será possível registrar todo trabalho de pesquisa clínica realizado com imunobiológicos no Brasil, incluindo: gerenciamento de TCLEs (Termo de Consentimento Livre Esclarecido, assinado pelos voluntários em pesquisa); fases do estudo clínico; cadastro de pesquisadores e participantes; central do pesquisador; central do participante; importação automatizada de dados da pesquisa; cadastro de credenciais para a Rede Nacional de Dados em Saúde; cruzamento de dados clínicos; registro de vacinação; gerenciamento de estoque e incidentes; relatórios gerenciais; declarações de participação e vacinação; alertas e notificações; integração com RNDS e Cartão Nacional de Saúde.

Inicialmente a Plataforma ADA terá como foco a produção de vacinas, integrando todos os dados de pesquisa clínica para qualquer tipo de imunizante que venha a ser testado no Brasil, com pacientes voluntários, à Rede Nacional de Dados em Saúde, interconectado ao barramento de dados em saúde do Governo Federal.

De acordo com o professor Ricardo Valentim a integração permitirá ao estado brasileiro e ao Ministério da Saúde, conhecer todos os dados de pesquisa com vacinas, de maneira integrada, em uma base de dados.

Outro benefício é emitir o certificado de imunização para os voluntários que não tomaram placebo, no decorrer da pesquisa e que estão devidamente imunizados, após a comprovação da eficácia do imunizante pesquisado.

ADA – “Mãe” da Computação
A denominação ADA é homenagem do LAIS a Augusta Ada Byron, conhecida como condessa Ada Lovelace, considerada a mãe da computação por ter sido a primeira pessoa a realizar programação computacional na história.

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