Potiguar Thalita Simplício cai na linha de chegada e conquista o tricampeonato mundial nos 400m em Kobe.
Velocista terminou a prova em 57s45 após queda na pista onde comemorou a sua sétima medalha em Mundiais de atletismo; Brasil ganhou mais duas medalhas neste domingo, 19, com o ouro do paulista André Rocha no lançamento de disco F52 (que competem sentados) e o bronze do fluminense Felipe Gomes nos 400m T11 (deficiência visual).
A potiguar Thalita Simplício venceu novamente sua disputa contra a chinesa Cuiqing Liu na prova dos 400m da classe T11 (deficiência visual) e conquistou o tricampeonato mundial na manhã deste domingo (no Brasil), 19, em Kobe, no Japão, onde acontece o Campeonato Mundial de atletismo até o próximo dia 25. O dia também foi marcado pelo ouro do lançador paulista André Rocha no lançamento de disco F52 (que competem sentados) após sete anos do seu primeiro título mundial.
Com mais estas conquistas, o Brasil continou na briga pela liderança do quadro geral de medalhas da competição. O país terminou o dia no Japão somando 14 pódios, sendo oito ouros, quatro pratas e dois bronzes, na segunda colocação. A líder China tem dois ouros a mais do que os brasileiros, além de oito pratas e oito bronzes.
A brasileira, que teve um glaucoma congênito, trava boas disputas com a chinesa, que é a atual recordista mundial da prova, desde os Jogos de Tóquio 2020, quando Thalita acabou sendo desclassificada ao cruzar a linha de chegada. Em Kobe, a velocista de Natal superou a pista molhada por causa da chuva na cidade japonesa e finalizou a distância em primeiro lugar, com 57s45, seu melhor tempo na temporada mesmo sofrendo uma queda ao cruzar a linha de chegada.
“Na chegada, travei muito no final. Ainda bem que caí depois da linha de chegada. Doeu muito esses 400m. Sabíamos que as adversárias queriam me superar. Mas conseguimos fazer uma boa prova no geral”, avaliou Thalita.
Foi seu terceiro título mundial após as vitórias em Paris 2023 e Dubai 2019 e chegou ao seu sétimo pódio em Mundiais no total, sendo três ouros, uma prata e três bronzes. A rival asiática chegou na segunda colocação, com 58s32, e Lahja Ishitile, da Namíbia, completou o pódio com 58s37.
“Passou um filme na cabeça, estava chovendo aqui no Japão, igual ao cenário que competimos nos Jogos de Tóquio. No começo da prova, estava toda hora tentando esconder a guia para não molhar, pois foi isso que nos prejudicou na prova daquela vez, quando a guia escorregou da nossa mão”, recordou.
Fonte: Comitê Paralímpico Brasileiro
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