Redação/Portal de notícias e fotojornalismo Natal/eliasjornalista.com
Uma das categorias profissionais mais afetadas pelos efeitos econômicos da pandemia de Covid-19 foi a dos pescadores, que com hotéis e restaurantes fechados não têm a quem vender a maior parte do pescado. Para amenizar a queda na renda de famílias que dependem dessa atividade, a Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social (Semtas) destinou a sete colônias de pescadores de Natal 300 das 750 cestas básicas distribuídas nesta quinta-feira (09).
A situação dos pescadores da capital, que já havia sido prejudicada pelas manchas de óleo que chegaram às praias do Nordeste no segundo semestre de 2019, se agravou ainda mais com os efeitos da pandemia no Turismo. Reportagem do jornal Folha de São Paulo, na edição de 07 de julho, destaca o problema e reporta que a falta de compradores fez o preço do pescado cair até 50%, tonando praticamente inviável desatracar as embarcações.
As sete colônias atendidas hoje foram Redinha, Areia Preta, Beira Rio, KM 06, Paço da Pátria, Ponta Negra e Canto do Mangue. As famílias receberam cestas para alimentação básica por cerca de um mês. Cada cesta contém 4kg de arroz, 4kg de feijão, café, 4kg de açúcar, pacotes de flocos de milho, bolachas, óleo de soja, rapadura e creme dental.
A secretária da Semtas, Andréa Dias, fez questão de destacar a importância do setor pesqueiro para o município. “A atividade pesqueira gera trabalho e renda para centenas de pessoas. A Prefeitura de Natal, através dos programas sociais da Semtas, sempre assistiu às colônias de pescadores. Essa é a segunda entrega de cestas básicas para eles. No dia 23 de abril, distribuímos 400”, lembrou.
A presidente da Colônia de Pesca de Natal, Rosângela Silva, reforçou os depoimentos citados na matéria da Folha de São Paulo: “Agradeço essas cestas básicas, pois muitos pescadores estão sem pescar e, consequentemente, não têm renda. E mesmo aqueles que vão pescar, não encontram para quem vender. Quando conseguem comprador, é por um preço muito abaixo do praticado no mercado”, disse.
Desde março, a Prefeitura vem assistindo à população em situação de vulnerabilidade econômica temporária por causa da pandemia da covid-19. Quando este trabalho for finalizado, nos próximos dias, mais de 24 mil cestas básicas e 250 mil máscaras terão sido distribuídas através da Semtas.
A equipe da Secretaria já percorreu as quatro zonas da cidade, entregando alimentos através de mais de 170 entidades, instituições e associações sociais e/ou beneficentes, que solicitaram a ajuda da prefeitura, para alimentação das famílias atendidas por elas. A distribuição seguiu os critérios da Política de Assistência Social, de acordo com as condições de vulnerabilidade e risco social, obedecidas pela Semtas a qualquer tempo.
Diante do momento de calamidade pública devido a pandemia, a secretaria intensificou e ampliou essa ação para pessoas em vulnerabilidade temporária, aquelas que tinham renda e perderam devido a suspensão das atividades econômicas pelos decretos de isolamento social, que atingiu várias categorias profissionais e, principalmente, trabalhadores informais.
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