“O que nós formaremos são engenheiros mecânicos capazes de trabalhar na indústria de móveis, de alimentos, de cerâmica, e onde mais houver necessidade. Mas a ênfase que daremos nos exemplos e na prática será nas energias renováveis, atividade com muita tecnologia embarcada que é liderada nacionalmente pelo estado, mas que cresce para além das fronteiras do Rio Grande do Norte e do Brasil, com grande demanda por profissionais, em um contexto em que a transição energética e a descarbonização da economia ganham força”, disse ele.
“Essa é a diferença em relação à academia padrão, o propósito de colocar no mercado profissionais muitos mais próximos da atividade industrial. As empresas com quem temos relacionamento permanente registram que um profissional recém-formado passa entre 3 e 4 anos como ‘sombra’, ou seja, acompanhando a operação de um engenheiro formado há mais tempo para ter condição de assumir ele mesmo as atividades de engenharia do ambiente industrial. A nossa intenção com a FAETI é fazer com que este profissional chegue mais pronto a esse momento. É fazer com que saia da Faculdade muito próximo de assumir as suas competências no ambiente industrial, seja como empregado, seja como empreendedor”, ressaltou ainda.
Seleção
O ingresso na Faculdade se dará por meio de processo seletivo, com diferentes “portas de entrada”: por meio de classificação via nota do Enem ou mediante aprovação em vestibular aplicado pela instituição.
Para o curso de engenharia mecânica, serão ofertadas 45 vagas para a primeira turma, sendo 16 para ampla concorrência (seleção via nota do Enem ou vestibular); 20 para candidatos vinculados a empresas industriais, 4 para ex-alunos do SESI e 5 para colaboradores ou familiares de colaboradores do SENAI-RN, por meio do Programa de Desenvolvimento de Pessoas da instituição. A mensalidade será de R$ 1.549,66, com política de descontos prevista de acordo com o perfil dos candidatos.
As informações sobre o início da operação foram divulgadas durante café da manhã para convidados.
Na ocasião, o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (FIERN) e do Conselho Regional do SENAI-RN, Roberto Serquiz, destacou que a FAETI traz uma grande responsabilidade para o SENAI, em um contexto de efervescência do setor de energia e de grande potencial de desenvolvimento da atividade no estado.
“Nós falamos que o estado é vocacionado para as energias renováveis e os números estão aí para mostrar. Então essa Faculdade vem somar ao que temos realizado para fazermos mais e melhor, ou seja, para termos projetos melhores e parques melhores, o que vem muito de encontro ao que o mundo pede”, disse, durante discurso.
Vice-presidente da CNI e governadora do RN destacam importância da Faculdade para a qualificação profissional e o desenvolvimento
Amaro Sales de Araújo, vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e ex-presidente da FIERN – em cuja gestão a Faculdade foi idealizada e aprovada pelo Ministério da Educação – ressalta a relevância que a Faculdade terá em prol de avanços para o desenvolvimento e a qualificação profissional, em uma indústria em franca expansão.
“Hoje”, disse ele, “nós temos pouca formação de engenheiros no Brasil”. “O país hoje entrega 80 mil engenheiros por ano, enquanto países como a Rússia entregam 120 mil. A gente ainda fica a dever. Precisamos de mais formação, de mais capacidade de entregar ao mercado e o Rio Grande do Norte, que é o maior produtor de energias renováveis do país, não podia ficar sem a sua Faculdade na área”.
A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, analisou que o lançamento da FAETI “escreve um capítulo muito especial para as energias renováveis, em um estado que é berço do setor no Brasil”. “É a iniciativa privada voltada ao desenvolvimento do estado”, disse ela, acrescentando que “a Faculdade já nasce grande” dentro do polo de educação existente no estado, “pela estrutura e pelo papel que irá desempenhar nos próximos anos, formando especialistas que irão colaborar na jornada global rumo à transição energética pela descarbonização do planeta”.
“Nós precisamos avançar e muito no que diz respeito à qualificação. Estamos completando este ano uma década como líderes em geração de energia, ou seja, estamos bem na fita, mas precisamos avançar”, complementou Fátima.
Além de apresentações oficiais sobre a FAETI, a programação do lançamento da Faculdade contou com palestra do engenheiro e empresário Sérgio Azevedo, presidente da COERE – Comissão Temática de Energias Renováveis da FIERN – do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-RN) e do Sindicato da Indústria de Produtos de Cimento do RN (Siprocim-RN).
O empresário chamou a atenção para a importância da parceria entre instituições de ensino superior e empresas. “Precisamos de profissionais que entendam de tecnologia e que possam aplicá-la de forma prática”, disse, acrescentando que “a FAETI terá a missão de preparar profissionais e líderes para um futuro sustentável e inovador”. “O propósito da Faculdade é formar profissionais de excelência para um mercado em expansão, que concilia o crescimento e a geração de riqueza do capitalismo com os mais modernos conceitos de sustentabilidade e preservação do meio ambiente”, disse ainda.
SOBRE A FAETI
A FAETI é a primeira Faculdade do Brasil com foco em energias renováveis e marca a expansão das ações do SENAI-RN para o setor no país. A instituição vai funcionar no Hub de Inovação e Tecnologia (HIT) do SENAI em Natal, capital do Rio Grande do Norte, estado brasileiro que lidera a geração de energia eólica e sede dos Centros de referência do SENAI, nacionalmente, para formação profissional, inovação e pesquisa aplicada para a atividade (O Centro de Tecnologias do Gás e Energias Renováveis – CTGAS-ER – e o Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis – ISI-ER). A portaria de credenciamento da Faculdade foi publicada pelo Ministério da Educação em agosto de 2023.
SOBRE O SENAI
O SENAI é o maior complexo de educação profissional da América Latina e detentor da maior rede privada de Institutos de Tecnologia e Inovação para a indústria nessa região do mundo. No Rio Grande do Norte, engloba cinco Centros de Educação e Tecnologias: CET (Voltado ao setor da construção civil); CETCM (Voltado às indústrias de alimentos, vestuário e moda); CETIB (cursos diversos para a indústria, em Mossoró); CETAB (vestuário, construção e outros), e CTGAS-ER, principal referência do SENAI no Brasil para educação e serviços com foco nas indústrias de energias renováveis e do gás, além de centro de excelência para soluções que estão em desenvolvimento – em parceria com a Alemanha – para educação profissional com foco em hidrogênio verde. A atuação se dá ainda por meio da FAETI, do Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER) – principal referência do SENAI no Brasil em Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação com foco em energia eólica, solar e sustentabilidade – e do Instituto SENAI de Tecnologias em Petróleo e Gás (IST-PG). O SENAI do Rio Grande do Norte também foi o primeiro do Brasil a se tornar oficialmente signatário do Pacto Global de Direitos Humanos, Trabalho, Meio Ambiente e Anticorrupção da Organização das Nações Unidas (ONU). Atividades alinhadas aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, que buscam, em linhas gerais, acabar com a pobreza, reduzir desigualdades, fomentar a educação de qualidade, a igualdade de gênero, a produção responsável, o trabalho decente, o crescimento econômico e combater as mudanças climáticas, têm se intensificado em várias frentes na instituição.
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