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Postado às 12h08 EsportePlantão Nenhum comentário

(Foto: Adrovando Claro).

Redação/Portal de notícias e fotojornalismo Natal/eliasjornalista.com

O terceiro encontro online da Formação Continuada de Educação Física da Secretaria Municipal de Educação (SME) reuniu, na manhã desta segunda-feira (10), 98 professores para assistir a palestra com o professor João Batista Freire, que teve como temática: “Educação Física Escolar em tempo de isolamento social: um olhar sobre a importância do jogo e o lúdico”.

O palestrante é um dos mais importantes nomes da pedagogia da Educação Física brasileira. Professor aposentado da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), mestre em Educação Física, doutor em Psicologia Escolar, trabalhou na USP, Universidade Federal da Paraíba e na Universidade do Estado de Santa Catarina, é consultor do Instituto Esporte Educação em São Paulo e colaborador da Universidade do Futebol.

A diretora do Departamento de Gestão Escolar (DGE) e também professora de Educação Física, Wanessa Cristina Rodrigues, destacou a referência do professor convidado para os profissionais da área, agradecendo também a contribuição como inspiração para o grupo de professores e assessores pedagógicos da Rede Municipal de Ensino, que estão refletindo e construindo ideias e novas práticas nas unidades de ensino.

O professor João Batista Freire no começo da videoconferência explicou que no período da infância há tanta brincadeira que nem se precisa dizer que está brincando. A vida é essa brincadeira. “Será que a pedagogia, será que as ciências da educação não refletem e nem desconfiam que se é o período em que o ser humano mais aprende na vida? É o período em que a criança mais brinca? A brincadeira ou como se quiser chamar de jogo, deveria ser o centro em torno do meio ambiente da nossa escolaridade, mas não. A partir do início do Ensino Fundamental, nada mais será tão reprimido que o lúdico”, analisou.

O educador comentou que até Câmara Cascudo mostrou nos trabalhos dele a importância das brincadeiras, dos brinquedos na história da humanidade, da humanização diante dos jogos para as criaturas humanas. “Por mais que alguns autores tenham mostrado a importância do lúdico ou do jogo na formação da humanidade, a escola ignora solenemente isso. A Educação Física começou aos poucos a introduzir o lúdico dentro da escola, porque a disciplina nasceu para dar ginástica dura, para dar ordem unida, vai higienizar, vai disciplinar. Quando no final da década de 1970 e começo da década de 1980, Educação Física começa a alinhar o lúdico no ensino escolar, estabelecendo alguns princípios básicos”, afirmou.

A diretriz principal que o professor João Batista Freire compartilhou na palestra considerou um novo objetivo que a Educação Física pode representar no currículo das atividades escolares. “Brincadeira, quer dizer uma manifestação do jogo. É a grande dimensão lúdica humana. Essa atividade se manifesta na sociedade de várias maneiras, quando se chama de jogo disso ou jogo daquilo, brincadeira disso, brincadeira daquilo, é uma manifestação lúdica. Conversa, piada, festa, dança, tudo isso é manifestação lúdica. Podemos usar tudo isso, desde que se saiba usar esse assunto. Não coloque na vossa aula um tema que não sabe usar, ressaltou Freire.

Durante a formação, a professora Helisabela D’anjour, que atua na Escola Municipal Professora Ivonete Maciel, apresentou um vídeo de reflexão sobre o momento atual em que todo mundo vivencia a pandemia do novo coronavírus. A professora, que foi acometida pela Covid-19 durante a quarentena, fez uma retrospectiva pessoal buscando imagens na internet unindo ao texto que produziu como um momento de reflexão e entendimento dessa pandemia.

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