Redação/Portal de notícias e fotojornalismo Natal/eliasjornalista.com
A Comissão de Saúde da Câmara Municipal de Natal (CMN) visitou a Unidade Básica de Saúde (UBS) de Ponta Negra, na tarde desta segunda-feira (5), para acompanhar o andamento das obras de reforma que estavam previstas, inicialmente, para serem concluídas em julho desse ano.
Um dos engenheiros responsáveis pela obra, Gabriel de Paula, explicou que, devido a adequações no projeto o prazo terminou sendo estendido, mas que o novo prazo é para entrega da obra é até o final desse mês.
“Pra concluir essa unidade precisamos fazer poucos serviços como pintura externa e a limpeza do piso. Todos os demais serviços já foram concluídos. Por isso a previsão que até o final do mês a nossa parte já esteja concluída”, adiantou.
Mesmo com a entrega da reforma, ainda restarão os mobiliários e a transferência de profissionais, insumos e outras estruturas necessárias ao funcionamento. Isso porque, enquanto a obra não é concluída, a UBS está funcionando provisoriamente dentro de um centro social mantido pelo vereador Ary Gomes (PDT).
Na unidade também funciona a Estratégia de Saúde da Família (ESF). Os dois atendimentos ainda têm o déficit de profissionais da saúde. No quadro de funcionários, estão faltando: um profissional odontólogo, um médico ginecologista, um médico pediatra e ainda de profissionais como técnicos de enfermagem.
A diretora da unidade, Elvira Maranhão, explicou que o bairro carece de atendimento e que chegou a ser estudada a possibilidade de transferência da unidade para outro bairro, mas que ela conseguiu manter o funcionamento para garantir o atendimento à população.
“O atendimento está acontecendo na associação e também na escola. Estamos atendendo precariamente, mas não paramos de dar assistência. Isso que é importante. Temos moradores aqui de baixa renda que, sequer, tem condições financeiras de se deslocarem para outros cantos. Se mudassem, essa população iria ficar sem atendimento”, contou.
O vereador Franklin Capistrano (PSB) lembrou que a comissão esteve na UBS Ponta Negra há meses acompanhando o andamento das obras e parabenizou o esforço de todos os profissionais em manter a UBS Ponta Negra aberta. Mesmo assim, cobrou a reposição dos profissionais.
“Ainda precisamos de recursos humanos. Ficamos felizes que os profissionais daqui se empenham em lutar por manter esse atendimento que faz parte do Sistema Único de Saúde (SUS), mas a unidade ainda precisa de muitos especialistas e do pessoal da equipe de atendimento”, pontuou..
O vereador Fernando Lucena (PT), presidente da Comissão, disse não acreditar que o prazo de entrega seja cumprido. Ele lembrou que mesmo concluídas as obras, ainda será necessária equipar a estrutura e garantir os profissionais
“Nós tivemos há seis meses. A situação melhorou um pouco, mas eu não acredito, pela minha experiência, que seja entregue em novembro. Ainda falta toda a compra de equipamentos, birôs, cadeiras, muita coisa. A saúde só funciona porque os funcionários e diretores vestem a roupa do povo indo atrás de um remédio, dando um jeito pra conseguir espaço, sempre dando um jeito. O que falta é prefeito, que não tem. Falta saúde, que aqui não tem”, externou.
Medicamentos vencidos
Apesar de poucos, a Comissão de Saúde encontrou medicamentos vencidos que foram entregues em março desse ano, mas muito próximo do vencimento que aconteceu em julho.A vereadora Carla Dickson (PROS) recomendou mais gestão e controle nos medicamentos próximos de vencimento.
“Está sendo descartado de maneira correta, mas infelizmente, nós ainda observamos que a Central de Medicamentos continua mandando medicamento muito próximo de vencer. E isso tem que ter um controle, uma gestão melhor, porque isso é dinheiro público. Como sugestão, nós sugerimos que se tem medicamento muito próximo de vencer, que se envie para locais com maior rotatividade. Aqui tem vazão, mas não tão grande para utilizar em tão pouco tempo”, recomendou.
O vereador Preto Aquino (PATRI) lamentou a forma como foram enviados e disse que é preciso ouvir os responsáveis para evitar que esse envio volte a se repetir provocando desperdícios.
“Vimos aqui que eles estão recolhendo os medicamentos vencidos de forma correta. Estão aguardando o recolhimento para incinerá-los.Medicamentos já chegaram com a validade bem próxima do vencimento. É importante o quanto antes que sejam retirados”, disse.
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