Com cenário econômico favorável, analistas do BB revisam para cima projeção do Produto Interno Bruto do Rio Grande do Norte
O Rio Grande do Norte está com a maior estimativa para crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da Indústria para 2024, entre os estados brasileiros, com um aumento projetado de 10,1%. A previsão foi divulgada na “Resenha Regional”, uma publicação do Banco do Brasil, que apresenta análises de especialistas em cenários econômicos. Além disso, o estado também está com a terceira melhor percentual na projeção para o PIB total, com 4,4%, empatado com o Pará.
Na edição mais recente da publicação, divulgada na segunda-feira (09.09), os analistas do Banco do Brasil revisaram para cima as expectativas de crescimento do Rio Grande do Norte, com base no desempenho econômico do Estado.
O estudo destaca o RN como uma das unidades da federação com melhores resultados na atividade econômica, indicando que a evolução da atividade industrial potiguar será ainda maior do que o previsto anteriormente.
“Entre os estados que apresentaram os melhores resultados neste período [de junho deste ano] estão o Maranhão (17,3%), influenciado pelas indústrias de celulose e metalurgia; e o Rio Grande do Norte (15,2%), impulsionado pela indústria de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel) e confecção de artigos de vestuário”, aponta a Resenha Regional do BB.
Com base nessas informações, o crescimento anual da indústria no Rio Grande do Norte deverá atingir 10,1%, segundo os especialistas do Banco do Brasil. O Ceará aparece em segundo lugar nessa projeção, com 6,5%.
A previsão de avanço da indústria potiguar é o dobro da média calculada para a região Nordeste (5%). Para o PIB anual da indústria nacional, a projeção é de 3,4%. Os analistas também preveem um crescimento significativo para a agropecuária do RN, estimado em 9,8%.
As projeções para o desempenho anual do PIB total do Rio Grande do Norte foram revisadas. E indicam um aumento do crescimento das atividades econômicas observadas na totalidade. “Fizemos uma revisão positiva mais acentuada para Rondônia, Roraima, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Espírito Santo e Goiás (todas revisões de magnitude igual ou superior a 1 ponto percentual)”, destaca a publicação.
Assim, a projeção do PIB total, no RN, passou, para 2024, de 3,4% para 4,4%, a quarta maior perspectiva de aumento entre os estados brasileiros. Esse indicador está acima da projeção nacional, que é de 3%, e da regional, de 3,4%.
O secretário de Desenvolvimento Econômico, Sílvio Torquato, afirma que as projeções da Resenha Regional devem ser analisadas com atenção, pois são baseadas em fundamentos técnicos e especializados, elaborados por profissionais qualificados.
Para Sílvio Torquato, os indicadores mostram que o Rio Grande do Norte tem acertado em seus programas de incentivo a empreendimentos e nas decisões para aprovar legislações que regulamentam e melhoram o ambiente de negócios.
Entre os fatores que impulsionam o desempenho da indústria, ele cita o Programa de Estímulo ao Desenvolvimento Industrial do RN (PROEDI), aprovado pelo governo Fátima Bezerra, que substituiu o antigo PROADI; o diálogo permanente com os setores produtivos; e as medidas adotadas para estimular a produção, como a aprovação da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa e a Lei do Gás, enviadas para votação pelo governo na atual gestão.
Resenha
A Resenha Regional integra as análises macroeconômicas que abrange cenários, indicadores de mercado e fatos econômicos relevantes para orientar as estratégias de investimento e de mercado. Trata-se de conteúdos da equipe especializada do Banco do Brasil neste tipo de levantamento.
O Relatório Regional é mensal com os principais indicadores econômicos por região publicados e as projeções do PIB para os estados com detalhamentos setoriais.
PROJEÇÃO DE CRESCIMENTO DO PIB
Maiores crescimentos projetados – PIB Industrial
Rio Grande do Norte: 10,1%
Ceará: 6,5%
Mato Grosso do Sul: 5,7%
Paraíba: 5,6%
Goiás: 5,4%
Pernambuco: 5.3%
Maiores crescimentos – PIB total em 2024
Paraíba: 6,8%
Amará 5,8%
Tocantins: 5,8%
Rio Grande do Norte: 4,4%
Pará: 4,4%
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