A repercussão da reunião da Comissão de Saúde com a secretária estadual de Saúde do RN, Lyane Ramalho Cortez, ocorrida ontem (5); a decisão do ministro do STF, Dias Toffoli, de anular todas as provas obtidas pela Operação Lava Jato por meio de acordo de leniência celebrado pela força-tarefa com a Odebrecht, anunciada nesta quarta-feira (6), bem como os serviços públicos do RN foram os destaques no horário de líderes. Durante a sessão plenária se pronunciaram os deputados Cristiane Dantas (SDD), Isolda Dantas (PT) e Coronel Azevedo (PL).
Primeira oradora, a deputada Cristiane Dantas, vice-presidente da Comissão de Saúde, fez um balanço da reunião realizada ontem. “É nítido que os recursos repassados não são suficientes para a manutenção dos hospitais, de toda a estrutura necessária para a população. Vemos o hospital Walfredo Gurgel sempre passando por problemas, mas não houve uma resposta direcionada ao cumprimento desses pagamentos, que vêm em atraso reiteradamente”, lamentou a parlamentar.
Cristiane historiou outros dados da reunião de ontem e finalizou o seu discurso sugerindo que a Secretaria Estadual de Saúde (Sesap RN) tenha melhores critérios quanto à seleção de empresas de terceirizados e cooperados. “Tem que ter critérios em relação às empresas que participam desses processos. Elas precisam ter capital de giro para lidar com os atrasos e não prejudicar os servidores, que são pais de família”, disse.
Cristiane afirmou que em relação à fila das cirurgias eletivas, a Comissão de Saúde aguarda as informações do município, a fim de atualizar os dados. “Algumas respostas foram explanadas aqui, como a questão das cirurgias vasculares, para as quais foi criado um mecanismo para acompanhamento, mas o dado preocupente é o do custeio, onde seriam necessários R$ 70 milhões”, observou Cristiane.
A deputada Isolda Dantas destacou em seu pronunciamento a decisão do ministro Dias Toffoli, anunciada hoje, de anular todas as provas da operação Lava Jato que na época resultaram na prisão do atual presidente Luís Inácio Lula da Silva. “Hoje é um dia histórico, temos a certeza de que era armação, está provado que o que a gente dizia era verdade”, afirmou.
“Isso nos causa uma indignação tão grande, pois prenderam Lula porque sabiam que ele ganharia as eleições em 2018 e o nosso país foi obrigado a passar por esses quatro anos de um desgoverno que não acreditou na ciência, que sempre desdenhou das mulheres, que deixou mais de 700 mil pessoas morrerem e hoje a gente vê as provas sendo anuladas”, comemorou.
Isolda afirmou que a Lava Jato foi uma armação: “Foi exatamente o que aconteceu, armaram contra a democracia, armaram para prender um candidato para não ganhar a eleição. Como o mundo dá voltas, de fato o juiz virou ministro, depois teve que romper e hoje a gente se depara com essa decisão, de anulação de todas as provas que incriminavam o presidente Lula. Isso é revoltante, o nosso país andou para trás. So resta que pague pelos seus crimes, pois estamos vendo o tamanho do absurdo, o roubo de jóias e acusação de envolvimento com outros crimes”, disse.
Último orador do horário de líderes, Coronel Azevedo tornou a criticar os governos federal e estadual. “Nunca se viu tanto imposto no Brasil e criação de ministério. Hoje é um dia de narrativas da esquerda e alerto para que não nos tornemos sócios do mal que este desgoverno está fazendo com nossa pobre população. “Vejo no jornal empresas suspendendo cirurgias no Walfredo Gurgel por falta de pagamento, estradas esburacadas numa má gestão que se instalou em nosso Estado”, finalizou.
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