A Secretaria Municipal de Educação de Natal, por meio do Departamento de Ensino Fundamental e do Setor de Educação Especial, realizou dois eventos destinados aos professores do atendimento educacional especializado. Na tarde da quarta-feira (31), com 80 participantes, ocorreu a aula 4 com o tema “PEI: como posso validá-lo em minhas práxis?” dentro do I Ciclo de diálogos sobre inclusão escolar de crianças e estudantes públicos da Educação Especial. Já na manhã da quinta-feira (01), com 38 participantes, aconteceu o curso “Altas habilidades/Superdotação: processo de identificação, possibilidades e desafios no Atendimento Educacional Especializado”. Ambos os temas relacionados à Educação Especial tem o objetivo de fortalecer as práticas inclusivas da Rede Municipal de Ensino de Natal, sendo ofertada aos gestores administrativos e pedagógicos, educadores infantis, professores, estagiários, profissionais de apoio escolar e assessores pedagógicos que atuam nas 146 unidades em todas as etapas de ensino da SME.
Nos aspectos relacionados ao Planejamento Educacional Individualizado (PEI), a professora doutora Débora Mara Pereira, que atua profissionalmente como professora de educação infantil do município de Parnamirim (RN), e ainda no apoio pedagógico especializado e arte terapêutico em contexto não escolar, abordou qual o conteúdo que deve orientar o documento. “É importante que o PEI esteja inserido no projeto político pedagógico da escola e é um documento que norteia também as nossas práticas e a partir desse instrumento e da construção desse conceito, o professor pode fazer o direcionamento para que possa ser elaborado junto com outros profissionais dentro desse contexto de trabalho”, reforçou.
A professora Débora Pereira também apontou o PEI como meio de planejar, avaliar, pesquisar e executar as atividades na escola. “As estratégias que eu vou utilizar dentro do meu documento tem haver com o tipo de currículo que eu consigo trabalhar, se é um currículo mais tradicional, mais fechado, então vai ter determinadas estratégias, utilizar muita atividade individual ou ser for flexível, vai usar vários tipos de metodologias, usar recursos visuais, comunicação alternativa, práticas baseadas em evidências e toda essa engrenagem deve estar dialogando com a cultura colaborativa na escola”, ressaltou.
Já o curso Altas Habilidades/Superdotação: processo de identificação, possibilidades e desafios no Atendimento Educacional Especializado, foi conduzido pelas assessoras pedagógicas do Setor de Educação Especial da SME, Helda Silva e Jucilene Medeiros, tendo como objetivo fornecer de forma inicial o conceito de Altas habilidades e Superdotação e o processo de identificação, promover a formação continuada de profissionais para identificação e atendimento, multiplicar os conhecimentos adquiridos nas unidades de ensino e contribuir com o processo de identificação dos estudantes na rede com altas habilidades e superdotação.
O curso fez um apanhado histórico do conceito de Altas Habilidades e Superdotação desde Grécia Antiga até o século XX, com a discussão sobre inteligência e o foco nas capacidades intelectuais, incluindo a atual contextualização de vários tipos de inteligência e o respaldo legal da identificação no processo pedagógico.
“Com o passar dos séculos o conceito de inteligência vai se modificando e outros aspectos chegam para agregar, deixando aquela visão do século XIX e XX, que existia uma visão única de inteligência, centrada nos aspectos intelectuais, respaldado por testes psicométricos de quociente de inteligência. Foi se ampliando esse olhar trazendo novos aspectos, substituindo esse conceito de inteligência única por esse conceito de inteligência plural, considerando as áreas psicomotoras, cognitiva, afetiva e social”, concluiu Helda Silva.
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