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A primeira formação dos professores de Libras e Tradutores Intérpretes de Libras, realizada pelo Setor de Educação Especial, da Secretaria Municipal de Educação, aconteceu na manhã desta quinta-feira (12), com o tema “Desafios profissionais e pessoais durante a pandemia”, e contou com a convidada especial a psicóloga Poliana Gonzalez, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Na abertura do evento online com a participação de 34 professores, a chefe do Setor de Educação Especial da SME, Érika Soares de Oliveira, agradeceu o empenho e o compromisso da Secretaria, através de seus secretários e diretores de departamentos para que esse momento viesse a se efetivar, garantindo a presença do Intérprete de Libras na formação dos professores diante de um tema tão importante.
“A proposta é como o professor está se reinventando, se reorganizando em relação as intervenções pedagógicas, porque existe um papel social enquanto professor na vida dos alunos, que estão também sendo altamente afetados nesse momento de isolamento e de perdas. É um trabalho que precisa fortalecer cada vez mais em rede para que se possa fazer o máximo possível dentro das nossas possibilidades de educadores, para que esses alunos tenham o mínimo de prejuízo possível”, destacou Érika Soares.
A psicóloga Poliana Gonzalez iniciou a palestra com uma atividade da linha do tempo para os participantes da formação, que criaram os seus momentos, experiências, sentimentos e reflexões durante o período da pandemia nos últimos meses. Nos depoimentos, os participantes relataram os seus medos do coronavírus e a nova realidade com o ensino remoto, aprendendo as novas tecnologias e realizando aulas online. Uma outra parte destacou o aperfeiçoamento nos estudos e aproximação com os familiares e ainda a questão de não perder o contato com os alunos, fornecendo material para estudos por e-mails ou redes sociais.
A professora Poliana Gonzalez destacou que o primeiro passo é ouvir a dor, os medos, as alegrias, insatisfações, satisfações, frustrações, ouvindo as pessoas mais próximas como a família e ouvir também aos alunos, desenvolvendo uma habilidade socioemocional. “É muito presente e ainda permanece para algumas pessoas, outras menos, saber lidar com as emoções e ao mesmo tempo nos propicia também a entrar em contato com essa capacidade de superação. Lutar pelos nossos direitos, pelo que se acredita, ressignificar um pouco esse papel da educação na nossa vida e automaticamente na vida do aluno. Precisamos ativar o papel da escola, a escola é algo orgânico, é algo vivo. Escola é relação, escola é interação, é contato, é insubstituível a escola”, alertou.
Foi apresentado o cronograma das formações de Libras que iniciam nesse mês de novembro e segue até janeiro de 2021. O último encontro do ano corrente será em dezembro com a temática “Desafios e possibilidades no desenvolvimento das atividades em período de pandemia”, com a utilização de recursos acessíveis.
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