A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) Natal, por meio da Unidade de Vigilância de Zoonoses (UVZ), pertencente ao Departamento de Vigilância em Saúde (DVS), orienta para os cuidados que devem ser tomados ao encontrar morcegos caídos, mortos ou agonizantes.
Durante o ano de 2023, foram coletados cerca de 101 morcegos na capital potiguar, destes 16 apresentaram diagnóstico positivo para infecção pelo vírus da raiva. No primeiro mês de 2024, já foram coletados seis morcegos, sendo um apresentando caso positivo para vírus rábico, segundo dados da Vigilância de Animais Amplificadores e Reservatórios (UVZ/DVS/SMS).
Jan Pierre Araújo, chefe da Unidade de Vigilância de Zoonoses (UVZ), comenta a importância dos mamíferos voadores para o ecossistema e reforça que nem todos possuem contaminação pela doença e não devem ser mortos ou abatidos, mas que é preciso ficar alerta. “Os morcegos são importantes agentes prestadores de serviços ecossistêmicos, como dispersão de sementes, controle de pragas e polinizadores, todavia também são importantes reservatórios e amplificadores do vírus da raiva. Então, para evitar a doença, é importante entender a dinâmica desses animais, manter seus pets anualmente vacinados e saber o que fazer se encontrar algum morcego com comportamento anormal ou até mesmo morto, ou caído”, comenta.
Caso encontre algum morcego caídos, mortos ou agonizantes próximo da sua residência ou em algum outro local, alguns cuidados devem ser adotados, como não tocar no animal; isolar o morcego colocando algum recipiente sobre ele (como um balde ou caixa) e entrar em contato com a UVZ por meio do WhatsApp ou telefone 3232-8235, ou pelo aplicativo Natal Digital, e solicitar para que a equipe faça o recolhimento do animal.
A transmissão da raiva se dá pelo contato por arranhadura, mordedura ou lambedura do animal infectado, então, em casos de contato do morcego com o humano, deve-se procurar imediatamente uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) mais próxima da sua residência. Para casos de contato com animais domésticos, deve-se notificar a Unidade de Vigilância de Zoonoses (UVZ) para ser realizado o reforço vacinal, ou procurar uma clínica veterinária.
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