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Crédito Evaldo Gomes.

Com o tema “Amazônia Bioma Música”, a 21ª Edição do Prêmio Hangar de Música, realizada na noite da última segunda-feira (15) no Teatro Alberto Maranhão, celebrou a música potiguar e o futuro ancestral na música contemporânea brasileira. Com premiações e apresentações musicais, o Hangar homenageou o multiartista Potyguar/a Juão Nyn.

Realizado em Natal/RN desde 1999, o Prêmio Hangar de Música é uma importante premiação que tem como objetivo reconhecer, valorizar, incentivar, homenagear, divulgar e premiar a rica produção musical brasileira.

“Celebrar a 21ª edição do Prêmio Hangar de Música retornando ao Teatro Alberto Maranhão e trazendo o tema “Amazônia Bioma Música” é um importante manifesto em defesa da valorização da música dos povos originários e das nossa ancestralidade. E fazer isso na semana dos povos originários é muito simbólico”, declara Marcelo Veni, produtor e idealizador da premiação.

Com direção musical de Toni Gregório, iluminação de Rogério Ferraz e direção de vídeo da Nav Noar, o Prêmio Hangar integrou a programação especial de 120 anos do Teatro Alberto Maranhão.

Em sua 21ª edição, o Hangar homenageou a Amazônia contemporânea a partir de sonoridades produzidas por diversas vozes atuantes na maior floresta tropical do mundo que além de diversa em seu bioma é diversa em sua arte. Os vencedores de cada categoria do Prêmio Hangar receberam uma obra criada e confeccionada pelo artista Guaraci Gabriel, que para esta edição imprimiu referências da arte marajoara.

“O Prêmio Hangar é uma das mais importantes premiações musicais realizadas fora do eixo Rio-São Paulo e, especialmente, uma das mais importantes realizadas no Nordeste, pelo seu tempo de realização e número de artistas envolvidos. Essa edição também é símbolo de resistência de um produtor musical que todos os anos realiza com muita luta esse evento para deixar o artista num lugar mais alto. A história da premiação se confunde também com a trajetória de muitos artistas e demais produtores. Hoje também é dia de festejar toda essa luta”, completa Marcelo Veni.

Para Jennify C., premiada na categoria ‘Revelação do Ano’, estar no palco ganhando o prêmio é algo emocionante. “Eu só tenho que agradecer a todo mundo que trabalhou comigo, e principalmente, à minha mãe que acreditou no meu trabalho. Desde os 11 anos me imagino aqui no palco. Receber esse reconhecimento como artista independente, preta e do gênero fluido é muito gratificante pra mim e estou muito emocionada”.

O homenageado da edição, o multiartista Juão Nyn, ativista comunicador do movimento Indígena do RN, integrante do Coletivo Estopô Balaio de Criação, Memória e Narrativa e vocalista/compositor da banda Androyde Sem Par, destacou a importância de resgatar a memória indígena no estado.

“Eu queria agradecer, primeiramente, ao Prêmio Hangar e às minhas famílias. Além disso, gostaria de dizer que eu faço parte de um recorte que cada vez as pessoas precisam se acostumar: que é a retomada indígena. O Rio Grande do Norte é o único estado brasileiro que não tem terra indígena demarcada. E no Nordeste parece que as pessoas não pensam que tem pessoas indígenas, mas nós somos cerca de 54 etnias e temos muita história para contar”, declarou Juão.

“Nem todo potiguara é potiguar, e nem todo potiguar é potiguara, mas eu sou e tenho muito orgulho de toda a minha ancestralidade. Que a gente não esqueça jamais: o Brasil é terra indígena e o Rio Grande do Norte também!”, completou Juão em seu discurso.

Além da entrega dos prêmio, o Hangar contou com apresentações de DJ Nandrill, Rousi Flor de Caete, Toni Gregório, Vic Kabulosa, Analuh Soares, Dudu Galvão, Pe. Caio Cavalcanti, Cabocla Jurema, Jennify C, Nunis, Juão Nyn, Amém Ore.

A 21ª edição do Prêmio Hangar de Música acontece conta com apoio cultural da Prefeitura do Natal, Sebrae-RN, Fecomércio – RN, Sesc-RN e Fundação José Augusto. Realização da MV Projetos Criativos.

Veja a lista de premiados na 21ª edição do Prêmio Hangar de Música:

Prêmio Hangar Especial: 100 Anos de Praieira

Trajetória Musical: Mad Dogs

Projeto Musical Realizado: Segunda de Vagabundo

Prêmio Hangar Nacional: Dona Onete – PA

Prêmio Hangar Nordeste: Rapadura – CE

Música e Gastronomia: Festival Gastronômico e Cultural de Martins – RN

Revelação musical: Jennify C.

Dedicou a todas as pessoas pretas, tranns e periféricas

Produtor Musical do Ano: Walter Nazário

Instrumentista do Ano: Alexandre Moreira

Prêmio Hangar Artista Popular: Banda Grafith

Categoria Forró: Deusa do Forró

Linguagens Urbanas: Breno Slick

Feat do Ano: Orquestra Greiosa + Felipe Cordeiro

Prêmio Hangar Música Gospel: Arthur Bezerra

Banda ou Grupo do Ano: DuSouto

Categoria Samba: Rosas na Cartola

Intérprete do Ano: Dudu Galvão

Prêmio Hangar de Música Originária Brasileira: Òwerá

Show do ano: Lysia Condé – Minas de Fé e Paixão (TAM)

Lançamento Do Ano (EP / Álbum): Sobre O Mar O Tempo Repousa – Nunis

Videoclipe de Linguagens Urbanas: Big-Bang – Ale Du Black Feat. CazaSuja. Diretor: Thales Victor

Videoclipe do Ano: A Quem Precisa -ZAEL. Diretor: Alex Martins

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