Diretores da Rede Municipal de Ensino participaram durante esta quarta-feira (31), de uma palestra organizada pelo Departamento de Gestão Escolar (DGE) da Secretaria Municipal de Educação de Natal. Com o tema “Prevenir é proteger, educar é combater: como enfrentar a violência sexual infantil?”, a palestra foi proferida pela educadora parental Kennya Gralha. O evento aconteceu no Centro Municipal de Referência em Educação Aluízio Alves (Cemure).
Especialista em Educação Sexual, Emocional e Prevenção ao Abuso Sexual, a palestrante pontuou questões importantes como, tabus, toques inapropriados, emoções e o perigo da internet para crianças. “Eu trago uma conscientização para os gestores para mostrar para eles a importância de trazer educação sexual e emocional para dentro das escolas, porque é um trabalho multi, a gente tem que integrar a família e escolas para agir de forma preventiva, para poder minimizar, para diminuir os dados que estão ocorrendo”, destacou.
Diante da relevância da temática, a palestrante destacou o papel da escola frente a prevenção, da conscientização, o papel da escola, o que fazer em um caso de revelação, o que não se deve fazer, a preparação dos profissionais que estão dentro das escolas, uma vez que, a escola deve ser um local de segurança. “O objetivo é trazer essa consciência e plantar uma sementinha, para que todos possam ser um elo de proteção nessa corrente e salvar o maior número de crianças possíveis”, pontuou.
A secretária adjunta de Gestão Pedagógica, Naire Capistrano, reforçou a importância das formações para esclarecer temas atuais. “Formação é direito, é conquista. Como dizia Paulo Freire: o ser humano é inacabado. Precisamos dessa formação em todos os aspectos”, disse. O secretário adjunto de Gestão Escolar, Mário Sérgio de Oliveira reforçou o discurso da professora Naire Capistrano, e destacou as dificuldades existentes hoje no processo de educar uma criança ou adolescente.
A diretora administrativa da Escola Municipal Professor Ascendino Henriques de Almeida Júnior, Mintza Idésis Jácome comentou a urgência na discussão do tema. “Mais do que nunca é um tema atual. Depois da pandemia temos recebido muitos relatos de crianças. A gente não pode deixar de trabalhar esse tema e de se apropriar, se aprofundar, porque têm ocorrido situações muito frequentes na escola. Crianças de todas as idades nos procuram com relatos do tipo: alguém tocou em mim e eu não me senti bem”, relatou a gestora.
A diretora pedagógica do CMEI Moema Tinoco da Cunha Lima, Suzana Sales David “A importância é grandiosa até porque traz nossas histórias de vida. Quantas de nós não passamos por isso, e às vezes nem temos coragem de falar por falta de conhecimento, por falta de orientação sexual. É uma semente que é plantada para que possamos levar isso adiante, escutar a criança, conseguir identificar os sinais de abuso sexual, orientar as professoras, as famílias, para agir diante disso, pois é um assunto muito grave. Há casos de exploração, de abuso, de desrespeito, e percebemos nas salas de aula as crianças agitadas, em alguns casos, reproduzindo a situação”, relatou.
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