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Crédito Humberto Sales.

Governo prepara estrutura para assegurar fornecimento de água em cidades cujos sistemas podem entrar em colapso

 Na margem da BR-226, entre os municípios de Currais Novos e São Vicente, operários de uma empresa de construção trabalham em ritmo acelerado no assentamento de tubos do Trecho 4-Norte da Adutora do Seridó. As obras aliam o útil ao planejado. Ao mesmo tempo em que avança em mais uma etapa do projeto Seridó, o governo prepara a estrutura para abastecer os municípios de Currais Novos e Acari, caso o sistema atual entre em colapso por falta de água no Açude Dourado e no Gargalheiras.

Os dois reservatórios estavam com menos de 2% da capacidade na primeira semana de fevereiro. O Dourado acumulava 170 mil metros cúbicos e o Gargalheiras 660 mil. Com as chuvas dos últimos dias, o volume do Dourado subiu para 330 mil, garantindo o abastecimento por mais 60 dias; o do Gargalheiras permaneceu no mesmo patamar de antes.

Currais Novos tem 41,3 mil habitantes e um consumo mensal de 100 mil metros cúbicos de água tratada. Em Acari são 10,6 mil habitantes e um consumo de 30 mil metros cúbicos/mês.

A adutora tem 23,2 quilômetros. Quando estiver pronta, em março, a Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) terá condições de buscar outras fontes de captação de água na região. Os serviços estão sendo conduzidos pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf) e acompanhados pelo Governo do RN, por meio de equipes da Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh).

O projeto inclui ainda a construção de uma Estação Elevatória de Água Tratada (EEAT) para bombeamento até Currais Novos, e uma unidade ‘stand pipe’ [tubo vertical] para a troca de regime do transporte da água — de bombeamento para gravidade.

“Levar água para a população do Seridó, através de um sistema de adutoras que garantirá o abastecimento seguro durante décadas, é uma das nossas prioridades. O nosso governo está trabalhando com planejamento para solucionar definitivamente esse problema. Inserido no Programa de Aceleração do Crescimento, o Projeto Seridó dialoga com a transposição de águas do rio São Francisco. É um compromisso do nosso governo com a segurança hídrica, um marco para o desenvolvimento da região”, disse a governadora Fátima Bezerra.

 

“Nos últimos meses, a questão hídrica foi a nossa pauta mais importante, a que mais preocupava”, informou o prefeito Odon Júnior, ao comemorar a chegada das águas das chuvas no Açude Dourado.

 

Encravada no Semiárido do Rio Grande do Norte, o Seridó é a região que apresenta maior vulnerabilidade hídrica do estado. Os principais reservatórios públicos da região, construídos no século passado, têm capacidade para 280 milhões de metros cúbicos, mas atualmente acumulam menos de 30 milhões. Daí a importância do Projeto Seridó.

 

“Esse é um conjunto de adutoras que vai ser interligado às já existentes, que serão interligadas entre si e estarão ligadas a uma fonte permanente de abastecimento, que são as barragens Armando Ribeiro Gonçalves, em Itajá, e Oiticica, em Jucurutu”, explica o secretário da Semarh, Paulo Varella.

 

PROJETO SERIDÓ

Serão investidos aproximadamente R$ 600 milhões na construção da infraestrutura hídrica necessária para levar água aos municípios do Seridó do Rio Grande do Norte. São 24 municípios que, juntos, têm hoje uma população de 284.208 habitantes e um total de 100.820 domicílios particulares.

O Projeto Seridó tem o objetivo de garantir segurança hídrica ao Seridó potiguar, com a implantação de sistemas adutores para captação de água em reservatórios já existentes no sul da região, atendendo a pequenas demandas, e para retirada e transferências de água armazenada nas barragens Oiticica e Armando Ribeiro Gonçalves, no caso de demandas mais significativas previstas até o ano de 2070.

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