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Crédito da Foto: REUTERS/Kevin Lamarque.

Quanto mais o presidente russo Vladimir Putin tenta quebrar a Otan, mais forte ela fica.

Não é primeira vez durante a guerra na Ucrânia que Joe Biden toma medidas decisivas para fechar as rachaduras na aliança. Na quarta-feira (25), o presidente americano anunciou que enviaria 31 tanques avançados para as forças armadas de Kiev, em um movimento que levou a relutante Alemanha a ceder e enviar seus próprios tanques, e que pode gerar movimentos semelhantes em toda a Europa.

Isso representou uma vitória política e militar simbólica e bastante significativa para a Ucrânia. O país espera que seu novo “punho de ferro” ataque as linhas de frente russas entrincheiradas no leste, fortaleça um avanço sobre a ponte da Crimeia ao sul, e evite uma temida ofensiva russa durante a primavera no hemisfério norte.

A habilidade de estadista de Biden conseguiu acabar com a divisão ocidental mais pública e prejudicial da guerra até agora.

Os EUA disseram anteriormente que seus tanques Abrams eram muito complexos, de manutenção alta demais para a guerra da Ucrânia e que não se adequavam ao terreno. Mas, a mudança de atitude de Biden, que dá lastro à Alemanha, ressalta a visão de Washington de que a unidade ocidental contra Putin é fundamental para salvar a Ucrânia.

“Putin esperava que a determinação da Europa e dos Estados Unidos enfraquecesse”, disse Biden, na Casa Branca, nesta quarta-feira. “Ele esperava que nosso apoio à Ucrânia desmoronasse com o tempo. Ele estava errado… Estava errado desde o início e continua errado. Estamos unidos”.

O que vem a seguir?

Mesmo que continue fracassando, é pouco provável que Putin pare de tentar desmantelar a aliança ocidental. A hostilidade em relação aos EUA e a seus aliados e uma busca por vingança têm sido a base de seus mais de vinte anos no poder.

Limitar o suprimento de armas para a Ucrânia e promover a fadiga ocidental com a guerra continuam sendo cruciais para suas esperanças de obter a vitória ou evitar uma derrota decisiva.

Moscou reagiu furiosamente à decisão sobre os tanques, chamando-a de extremamente perigosa, e acrescentando que isso elevou um conflito já sangrento para um outro nível.

Biden, ainda buscando evitar uma escalada que possa levar a um confronto direto entre as forças da Otan e da Rússia, enfatizou que os novos tanques não representam uma ameaça ofensiva à Rússia – se ao menos Putin retirasse suas tropas da Ucrânia.

Os críticos da guerra e do enorme fluxo de armas ocidentais ficarão cada vez mais preocupados que o Ocidente possa acabar alimentando um impasse sangrento que resultará no massacre sem sentido de milhares de tropas e civis ucranianos e russos.

Como Moscou e Kiev parecem acreditar que ainda podem vencer a guerra, quase não há abertura para um movimento diplomático de cessar-fogo ou mesmo de paz.

No entanto, os estrategistas militares ocidentais alertam que Moscou, após um ataque já sangrento, está preparando uma nova ofensiva na primavera.

“É perigoso subestimar a Rússia”, declarou Stoltenberg em um discurso em Oslo na quarta-feira, ressaltando que o país mobilizou 200 mil soldados extras e estava disposto a correr grandes riscos e enfrentar enormes perdas.

Com informações de CNN Brasil

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