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Escritos da Alma – tantas variações que a vida nos oferta -.

Redação/Portal de Notícias e Fotojornalismo/eliasjornalista.com

Por Flávio Rezende

Nos idos dos fins dos anos 70, inserido num ambiente estudantil católico, modelado por uma educação padronizada nesta religião, na obediência irrestrita das normas e num contexto em que pensar/agir/atuar fora do quadrado era revolução condenável, descobri meu dom de me expressar pela escrita.
Tímido ao extremo, foi nesta seara que fui mostrando ao mundo ao meu redor o que pensava sobre as gatinhas (paqueras), natureza e até política, mesmo num ambiente de ditadura e de perigos reais.
E fui indo, papai me desejando dentista e direitista, eu optando pelo jornalismo e comunismo, o conjunto social apontando catolicismo e eu indo para o hinduísmo.
E nesse jogo do que querem o que sejamos e o que tendemos a ser, educadamente fui indo, driblando, me fazendo de doido, até me estabelecer no que de fato me faz feliz e deixa fluir minhas tendências.
Assim me tornei escritor, jornalista, descobrindo que minha expressão estava nas letras e reportagens.
Feliz depois de anos e anos de ser o que devia de fato ser, de processar a crença que me dizia respeito e de seguir minhas decisões em todos os babados mais, cheguei hoje a fotografia, como extensão de uma vida de comunicação, ampliando possibilidades e fechando uma vida dinâmica com o diamante que reluz na assertiva: uma imagem vale mais que mil palavras.
Amo escrever, tenho quase 30 livros publicados, uma vida de explicitação de pensamentos vários em contos, ficções, poesias, reportagens, crônicas, que infelizmente, a cada dia avançado, encontra obstáculos, uma vez que os tempos são de ojeriza aos escritos, com qualquer três parágrafos já sendo difamado como: textão.
A maternidade da fotografia então veio como um portal para o nascimento de uma nova maneira de comunicação mais aceita, em voga, moda, podendo com uma imagem dizer muito e a mais, para uma plateia afeita a comodidades, cada vez mais preguiçosa, distante de argumentações escritas e de publicações linguísticas.
Chegamos ao tempo da imagem, do vídeo, a entronização do rápido, flash, período de gênios para quem entende gênios – a minoria das minorias.
É tempo da comunicação dos medíocres – me perdoem a sinceridade, a morte dos pensadores, é a época dos replicadores de mentiras, dos posts produzidos, do quase nada pensar.
Neste ambiente onde o sapiens avança célere na tecnologia, morre um monte de importantes modos de viver.
Apesar de tudo, encontro felicidade, desde que nasci, eis o ouro de mina, mesmo criticando, achando uma ruma de coisas erradas, não devemos nos entregar, vivamos, celebremos, apesar dos pesares, vamos participar e colaborar.
Luzzzzzz.

Flavio Rezende, aos vinte e nove dias, onze meses, ano dois mil e vinte. 13h59. Praia de Ponta Negra. Mais no blogflaviorezende.com.br

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