O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reunirá nesta quarta-feira (14/09), em São Paulo (SP), com lideranças do Fórum Nacional de Economia Solidária e de 900 cooperativas de todo o país. As entidades pretendem entregar uma carta com propostas para o setor, apontando que ele pode ser um propulsor na geração emprego, renda e no desenvolvimento do país.
O encontro faz parte de uma série que o ex-presidente vem mantendo ao longo da campanha para dialogar com cooperados e contará com a participação de trabalhadores e trabalhadoras unificados pela Unicopas (União Nacional das Organizações Cooperativistas Solidárias), Unicafes (União Nacional das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária), Unisol Brasil (Central de Cooperativas e Empreendimentos Solidários) e Unicatadores.
De acordo com Francisco Dal Chiavon, presidente da Unicopas, as entidades defendem que a economia solidária só poderá atingir seu pleno desenvolvimento com preservação ambiental e avançando na expansão da reciclagem cooperada.
“A reunião com Lula tem como objetivo reforçar o papel das cooperativas para enfrentar o problema emergencial da fome e do emprego. Com um amplo programa para a economia solidária, as cooperativas de trabalhadores cumprirão um papel importante para o desenvolvimento do país com geração de emprego e renda”, declarou.
Investimento e conferências nacionais
O movimento cooperativista sempre recebeu apoio das gestões de Lula e Dilma Rousseff. Foi nos governos petistas que foi criada a Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes), vinculada ao Ministério do Trabalho e Emprego, que implantou projetos fomento, beneficiando diretamente mais de 500 mil pessoas e 15,3 mil empreendimentos econômicos solidários. A realização de três Conferências Nacionais de Economia Solidária contou com a participação de mais 62 mil pessoas.
O cooperativismo recebeu investimentos para capacitação de sócios e funcionários, teve acesso a benefícios não tributários previstos no Super Simples e financiamento para capital de giro para reduzir impacto da crise de 2008.
O setor, entretanto, foi mais um que enfrentou verdadeiro desmonte nas mãos de Jair Bolsonaro, com a extinção da Senaes, e de Michel Temer, que acabou com o Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA), afetando diretamente cooperativas urbanas e rurais. A Coligação Brasil da Esperança tem como proposta ampliar ainda mais as redes de produção, consumo e distribuição que compõem a economia solidária, como comprar os alimentos que compõem a merenda escolar das escolas públicas, recriar a Senaes e seus principais programas e ampliar as linhas de crédito para cooperados, que desapareceram no atual governo.
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