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Postado às 18h12 DestaqueMundo Nenhum comentário

Gabriel Boric comemora vitória em eleições com apoiadores em Santiago, no Chile 19/12/2021 (Rodrigo Garrido/Reuters).

Redação/Blog Elias Jornalista

Os Estados Unidos estão prontos para trabalhar com o recém-eleito presidente do Chile, Gabriel Boric, após sua vitória em uma votação “exemplar”, declarou o governo de Joe Biden nesta segunda-feira (20).

“Mais uma vez, o povo do Chile deu um exemplo de eleições democráticas livres e justas”, disse o secretário de Estado Antony Blinken, parabenizando Boric em um tuíte.

“Esperamos continuar a trabalhar com o Chile para promover os objetivos comuns de democracia, prosperidade e segurança”, disse ele.

O chefe da diplomacia dos Estados Unidos para as Américas, Brian Nichols, também saudou Boric e defendeu “a continuidade da colaboração com nossas prioridades comuns e o fortalecimento dos laços econômicos, científicos e entre nossos povos”.

Boric, que aos 35 será um dos presidentes mais jovens do mundo, fez sua primeira aparição oficial nesta segunda-feira, quando se encontrou com o presidente de centro-direita Sebastián Piñera, que deixa o cargo em março com baixos índices de aprovação.

Considerado por seus detratores um “comunista”, Boric venceu com um comparecimento recorde no domingo, recebendo quase 56% dos votos, em comparação com 44% do ultraconservador e defensor do livre mercado José Antonio Kast, um advogado de 55 anos.

O porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, destacou a “vitória decisiva” de Boric.

“Os Estados Unidos e o Chile são parceiros de longa data com valores democráticos compartilhados.

Esperamos trabalhar com o próximo governo Boric para continuar nossa colaboração em direitos humanos e democracia, prosperidade econômica, clima, covid-19, ciência, migração e desenvolvimento, entre outros assuntos urgentes “, disse ele em entrevista coletiva.

Fonte: Exame

 

Postado às 08h09 DestaqueMundo Nenhum comentário

(Foto: Pat Nolan/World Surf League).

Redação/Blog Elias Jornalista

O fenômeno Gabriel Medina é o sexto surfista da história a conquistar três títulos mundiais, sacramentando o pentacampeonato do Brasil com um show na decisão verde-amarela com Filipe Toledo, nas boas ondas de 4-6 pés de Lower Trestles. na terça-feira em San Clemente, na Califórnia, Estados Unidos. O Rip Curl WSL Finals foi encerrado com Tatiana Weston-Webb vice-campeã mundial do Brasil. Ela venceu a primeira da melhor de três baterias com Carissa Moore, mas a havaiana ganhou as outras duas e festejou seu quinto título no pódio, junto com o camisa 10 da seleção brasileira da WSL, Gabriel Medina.

 

“Estou muito feliz. Consegui atingir minha maior meta e estou chorando agora porque é uma mistura de muitas emoções de uma vez só”, disse Gabriel Medina, ainda dentro d´água, após a segunda vitória sobre Filipe Toledo. “Foi um ano longo e estou muito feliz por estar fazendo parte de tudo isso. Os brasileiros estão dominando, indo muito bem e é uma sensação muito boa, difícil até de descrever, poder ajudar nessa evolução e eles sempre me incentivam a melhorar cada vez mais também”.

 

Gabriel Medina entrou no seleto grupo de agora seis surfistas que conquistaram três títulos mundiais, mas é o primeiro goofy-footer (que usa o pé direito à frente da prancha) a conseguir isso. Todos os outros surfam com o pé esquerdo à frente da prancha, o onze vezes campeão mundial Kelly Slater, o tetracampeão Mark Richards e os tricampeões Tom Curren, Andy Irons (in memoriam) e Mick Fanning. Medina foi o primeiro brasileiro a ser campeão mundial em 2014, ganhou seu segundo título em 2018 e o terceiro sacramentou o pentacampeonato do Brasil. Adriano de Souza também foi o melhor do mundo em 2015 e Italo Ferreira em 2019.

 

“Estou muito feliz. Não é todo dia que você atinge sua meta, o seu sonho que parece ser impossível, até você conseguir”, disse Gabriel Medina, após ser carregado pela torcida que lotou a praia de Lower Trestles. “É um dia muito especial para mim e toda glória para Deus, que sempre me fez trabalhar forte e nunca desistir. Eu não falo muito bem, então tento deixar meu surfe falar por mim. Hoje foi um dia histórico na minha vida e vou poder contar para meu filho, quando tiver, que precisa surfar e se dedicar muito para ganhar um título”.

 

A decisão do título de 2021, em uma melhor de três baterias no Rip Curl WSL Finals, nem foi para o tira-teima. Isso porque Medina ganhou os dois primeiros duelos contra Filipe Toledo, que já tinha passado pelo californiano Conner Coffin e pelo medalhista de ouro, Italo Ferreira. Com a vitória sobre o potiguar, Filipe já confirmava o melhor ano da sua carreira, garantindo um inédito vice-campeonato mundial. Mas, ele usou todas as suas armas para conquistar o primeiro título. Só que Medina respondia cada ataque com uma performance ainda melhor.

 

DECISÃO DO TÍTULO – Os dois brasileiros deram um show no primeiro confronto da decisão, com cada um mostrando a potência do frontside e backside nas direitas e esquerdas de Lower Trestles. Filipe começou com nota 7,00 e Gabriel respondeu com 7,33 nas direitas. Depois, a batalha foi para as esquerdas e Filipe destruiu a onda com seu backside para ganhar 8,33. Medina fez o mesmo com seu frontside, finalizando com um aéreo muito alto que arrancou a maior nota do dia até ali, 9,00. Filipe ainda surfa outra direita boa, mas o 7,37 recebido não é suficiente para vencer e Medina larga na frente na decisão do título por 16,30 a 15,70 pontos.

 

Na segunda bateria, Filipe pegou a primeira onda, combinando aéreos com manobras de borda, para largar na frente com nota 7,83. Gabriel também começa numa direita, mas a esquerda que pegou depois foi melhor. Ela formou as rampas para ele mandar dois aéreos de frontside, um logo como primeira manobra, seguido por batidas e rasgadas, até voar de novo na finalização e assumir a ponta com notas 8,50 e 6,33. Quando restavam 18 minutos, a bateria foi interrompida com alerta de tubarões na área.

 

Os dois foram rapidamente resgatados pelos jet-skies e aguardaram cerca de 10 minutos para recomeçar a batalha do título. Medina pegou outra esquerda boa para voar e acertar um black flipp espetacular, voltando na base. Ele comemora e manda mais três manobras para ganhar nota 9,03. Filipe responde numa direita, fazendo rasgadas e batidas muito fortes que valem 8,53. Depois, não entrou mais ondas com potencial para Filipe reverter o placar de 17,53 a 16,36 pontos e ele abraçou Medina, parabenizando-o pelo tricampeonato mundial.

 

Gabriel Medina falou um pouco sobre este novo formato para definir o campeão mundial, que a World Surf League inaugurou no Rip Curl WSL Finals: “Eu acho que a parte mental foi a mais difícil. Quando você fica na frente dos outros no ranking, acha que já deveria ter ganhado o título, mas vim aqui para surfar e se tiver que surfar mais para ganhar, eu vou surfar mais e mais. Eu trabalhei forte antes de vir para cá e se tivesse que surfar seis baterias, eu estaria pronto para isso. Então, é incrível ganhar o primeiro título disputado assim, especialmente com o Filipe (Toledo), que para mim é o melhor surfista nestas ondas de Trestles”.

 

Filipe logo chega para dar mais um abraço em Medina durante a entrevista e o tricampeão segue falando, emocionado: “Ele (Filipe) me deu os parabéns lá dentro e fora d´água também e a verdade é que sempre há muito respeito entre todos nós. Algumas pessoas pensam que somos rivais e até pode ser dentro d´água, mas eu respeito todo mundo. O Filipe, o Italo e todos que estão no Tour, são bons o suficiente para vencer também e eu aprendi que tem que respeitar a todos. A gente viaja pelo mundo inteiro e, mentalmente e emocionalmente, isso é muito difícil, então a gente se apoia com amor e amizade entre nós”.

 

Essa foi a segunda decisão de título mundial consecutiva entre dois brasileiros. A primeira foi em 2019, quando Medina tentava um inédito bicampeonato consecutivo, mas perdeu a final do Billabong Pipe Masters para Italo Ferreira, que ganhou seu primeiro troféu de melhor surfista do mundo. O potiguar era até favorito para repetir este confronto, depois de se tornar o primeiro medalha de ouro da história do surfe nas Olimpíadas e por ter ficado em segundo lugar no ranking das sete etapas do World Surf League Championship Tour 2021.

 

SEMIFINAL BRASILEIRA – Filipe tinha confirmado uma decisão brasileira quando barrou o norte-americano Conner Coffin na segunda bateria masculina do dia. Ele só conseguiu surfar duas ondas nos 35 minutos do confronto e foi preciso na escolha, para vencer por 16,57 a 14,33 pontos. Na semifinal contra Italo Ferreira, ele já mandou um aéreo na primeira onda e começou com nota 7,33, contra 5,17 do potiguar. A segunda onda do Italo foi maior e abriu para fazer uma série de batidas, rasgadas e até um floater de backside, enquanto Filipe usa sua variedade de manobras de borda progressivas e inovadoras.

 

As notas foram parecidas, 7,27 para o Italo e 7,07 para o Filipe, com o atual campeão mundial precisando de 7,14 para vencer. Filipe mostra seu arsenal em mais uma boa direita, iniciando com uma batida forte, seguida por rasgadas jogando a rabeta e finaliza com um rock´n roll slide, manobra inspirada no skate. Ele troca o 7,07 por 8,50 e abre 8,56 pontos de vantagem nos 10 minutos finais. Filipe ainda pega outra direita para fazer dois ataques muito fortes no pocket da onda e recebe 7,47, já garantindo um inédito vice-campeonato mundial para ele, com a classificação para a decisão do título, por 15,97 a 12,44 pontos.

 

CONQUISTA INÉDITA – Na categoria feminina, Tatiana Weston-Webb também confirmou um vice-campeonato inédito para ela, quando venceu sua primeira bateria no Rip Curl WSL Finals, contra a número 3 do ranking 2021 da World Surf League, Sally Fitzgibbons. A gaúcha igualou o feito de outras duas brasileiras, Jacqueline Silva em 2002 e Silvana Lima em 2008 e 2009, mas tentou o primeiro título mundial do Brasil entre as mulheres. Ela começou bem a decisão, ganhando a primeira da melhor de três baterias contra Carissa Moore.

 

A havaiana logo achou uma direita que abriu uma longa parede para fazer uma série de manobras de frontside que valeram 8,33. Tatiana depois mostrou a potência do seu backside, com batidas verticais e rasgadas jogando água, para receber notas 7,33 e 6,93 em duas ondas seguidas. Com elas, assumiu a liderança e no último minuto destruiu mais uma onda boa, que valeu 7,87 para confirmar a vitória por 15,20 a 14,06 pontos da número 1 do ranking.

 

“Depois dessa bateria, vim caminhando na areia com uma crise de ansiedade, pensando que ia perder o título, mas, por sorte, tenho uma equipe muito boa e recebi grande apoio da minha família, amigos e especialmente meu marido. Ele olhou para mim e falou: se tem alguém que pode conseguir reverter isso, é você! Isso me tranquilizou”, contou Carissa Moore, já no pódio do Rip Curl WSL Finals, para receber o seu quinto troféu de campeã mundial.

 

VIRADA NA DECISÃO – Ela entrou mais concentrada na segunda bateria, quando Tatiana Weston-Webb já poderia conquistar o inédito título do Brasil. A havaiana abriu a bateria com uma onda muito boa, atacando forte os pontos mais críticos com seu frontside poderoso, para ganhar 8,93 dos juízes. A primeira da brasileira foi boa também e valeu 7,93, mas a havaiana logo responde com 7,67 para manter uma segura vantagem de mais de 8 pontos. Tati tentou a vitória no último minuto e conseguiu um 7,67. Mas, a havaiana já tinha somado 8,33 na última dela e venceu por 17,26 a 15,60 pontos, levando a decisão do título para a terceira bateria.

 

O tira-teima começou após 15 minutos, devido a um novo alerta sobre nova presença de tubarões na área do evento. Carissa começou melhor de novo, numa onda que rendeu duas manobras fortes que valeram nota 7,00. A havaiana logo surfa muito bem outra direita boa para somar uma nota 8,00, até Tatiana conseguir mostrar a potência do seu backside agressivo, com batidas verticais, para entrar na briga do título com sua maior nota do dia, 8,03.

 

Só que a havaiana massacra mais uma longa direita com uma série incrível de manobras de borda abrindo leques de água, para receber 8,60. Com essa nota, Tatiana teria que conseguir quase isso para vencer nos 10 minutos finais, 8,58 pontos. Faltando 2 minutos, a brasileira pega a onda da virada, que abre um paredão para ela atacar com um batidão de cabeça pra baixo, emendar uma rasgada e fazer outra manobra forte na junção. Só que ela acaba caindo nessa finalização e a havaiana conquista o pentacampeonato por 16,60 a 14,20 pontos.

 

“Este ano foi incrível e essa foi a primeira vez que eu ganhei o título dentro d´água, competindo, então foi mais especial ainda por isso”, disse Carissa Moore. “O início foi meio assustador para mim hoje aqui, não foi do jeito que eu gostaria e, sem dúvidas, este novo formato gerou mais pressão e muito estresse. Mas, foi bom ter outras quatro ótimas surfistas aqui que respeito muito, a Stephanie (Gilmore), a Sally (Fitzgibbons), a Johanne (Defay) e a Tati (Tatiana Weston-Webb). Elas são muito talentosas, dedicadas, resilientes e quero dar os parabéns para todas, especialmente para a Tati, que fez uma batalha incrível comigo”.

 

RIP CURL WSL FINALS – DECISÃO DOS TÍTULOS MUNDIAIS DE 2021:

 

DECISÃO DO TÍTULO MASCULINO:

Campeão: Gabriel Medina (BRA) com 17,53 pontos – notas 9,03+8,50

Vice-campeão: Filipe Toledo (BRA) com 16,36 pontos – notas 8,53+7,83

1.a decisão: Gabriel Medina (BRA) 16,30 x 15,70 Filipe Toledo (BRA)

 

3.a bateria: Filipe Toledo (BRA) 15,97 x 12,44 Ítalo Ferreira (BRA)

2.a bateria: Filipe Toledo (BRA) 16,57 x 14,33 Conner Coffin (EUA)

1.a bateria: Conner Coffin (EUA) 15,00 x 9,84 Morgan Cibilic (AUS)

 

DECISÃO DO TÍTULO FEMININO:

Campeã: Carissa Moore (HAV) por 16,60 pontos – notas 8,60+8,00

Vice-campeã: Tatiana Weston-Webb (BRA) com 14,20 pontos – 8,03+6,17

2.a decisão: Carissa Moore (HAV) 17,26 x 15,60 Tatiana Weston-Webb (BRA)

1.a decisão: Tatiana Weston-Webb (BRA) 15,20 x 14,06 Carissa Moore (HAV)

 

3.a bateria: Tatiana Weston-Webb (BRA) 13.17 x 11.73 Sally Fitzgibbons (AUS)

2.a bateria: Sally Fitzgibbons (AUS) 11.33 x 6.66 Johanne Defay (FRA)

1.a bateria: Johanne Defay (FRA) 12.17 x 6.70 Stephanie Gilmore (AUS)

 

Mais informações no WorldSurfLeague.com

 

SOBRE A WORLD SURF LEAGUE: Estabelecida em 1976, a World Surf League (WSL) é a casa do melhor surf do mundo. Uma empresa global de esportes, mídia e entretenimento, a WSL supervisiona circuitos e competições internacionais, tem uma divisão de estúdios de mídia que cria mais de 500 horas de conteúdo ao vivo e sob demanda, por meio da afiliada WaveCo, empresa que criou a melhor onda artificial de alto desempenho do mundo.

 

Com sede em Santa Monica, Califórnia, a WSL possui escritórios regionais na América do Norte, América Latina, Ásia-Pacífico e EMEA. A WSL coroa anualmente os campeões mundiais de surf profissional masculino e feminino. A divisão global de Circuitos supervisiona e opera mais de 180 competições globais a cada ano do Championship Tour e dos níveis de desenvolvimento, como o Challenger Series, Qualifying Series e Junior Series, bem como os circuitos de Longboard e Big Wave.

 

Lançado em 2019, o WSL Studios é um produtor independente de projetos de televisão sem roteiros, incluindo documentários e séries, que fornecem acesso sem precedentes a atletas, eventos e locais globalmente. Os eventos e o conteúdo da WSL, são distribuídos na televisão linear para mais de 743 milhões de lares no mundo inteiro e em plataformas de mídia digital e social, incluindo o WorldSurfLeague.com. A afiliada WaveCo inclui as instalações do Surf Ranch Lemoore e a utilização e licenciamento do Kelly Slater Wave System.

 

A WSL é dedicada a mudar o mundo por meio do poder inspirador do surfe, criando eventos, experiências e histórias autênticas, afim de motivar a sempre crescente comunidade global para viver com propósito, originalidade e entusiasmo.

 

Para mais informações, visite o WorldSurfLeague.com

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11 de Setembro: Por dentro do que é terrorismo e como ele surgiu no mundo.

Redação/Blog Elias Jornalista

20 anos após o ataque às torres gêmeas, a palavra se tornou comum no vocabulário mundial. Mas seu significado remonta há muito tempo antes desses atentados acontecerem, explica neurocientista.

 

Na semana em que recordam os 20 anos do atentado ao World Trade Center, certamente os mais diversos programas de televisão, jornais e sites da internet irão tratar sobre as razões e consequências daquele que é considerado o maior ataque terrorista da história, que deixou cerca de três mil mortos. No entanto, usar métodos violentos como forma de intimidar ou simplesmente afrontar uma nação (ou um povo inimigo) não é algo recente. A história mostra que o terrorismo é algo antigo, e sempre com efeitos devastadores.

 

De início, conforme lembra o PhD, neurocientista, historiador e antropólogo Fabiano de Abreu, é importante entender que a palavra “terrorismo” remonta à Revolução Francesa, ao terror dos jacobinos e de suas guilhotinas. “Este fenômeno teve início ao final do século XIX quando os anarquistas começaram a jogar bombas. Anos depois, esta conduta se tornou comum após a Segunda Guerra Mundial, quando as nações visavam obter resultados políticos através da criação de situações de pânico coletivo, sendo que todas essas ações em comum tentam intimidar a sociedade civil”.

PhD, neurocientista, historiador e antropólogo Fabiano de Abreu.

Voltando no tempo, Fabiano ressalta que “já existia terrorismo na república romana até fins do século XVIII, a chamada ‘guerra destrutiva’ ou ‘guerra punitiva’ Na Grécia antiga, acontecia uma prática de assassinatos em países adversários, que como dito acima, visava uma maneira de criar pânico naquela população”, acrescenta.

 

Já no século XIX, Abreu explica que a palavra “terrorismo” passou a denominar “o movimento anarquista que buscava enfraquecer e destruir o poder estatal. Poucos anos depois, o agravamento das relações mundiais deu lugar a este fenômeno como conhecemos atualmente”.

 

“Se por um lado o século XX teve a globalização como exemplo do fortalecimento das relações comerciais e políticas entre as nações, por isso é preciso entender que ao mesmo tempo atitudes violentas ganharam mais adeptos e incentivadores. Atualmente, por exemplo, pode-se dizer que este processo ganhou mais adeptos ao fundamentalismo religioso, e nisso se inclui o crescimento de pessoas com ideais neo-anarquistas, sendo muitos deles vivendo no mundo islâmico que em busca de sua Jihad Islâmica. Para conseguir seu objetivo, eles praticam atos extremos de terror e violência, especialmente contra as mulheres”, complementa o neurocientista.

 

Ao mesmo tempo que ações violentas ganham mais adeptos, tornou-se necessário entender e compreender a mente dessas pessoas e porque elas aceitaram essa condição como uma espécie de meio de vida. Fabiano acredita que neste sentido, “é preciso compreender que, primeiramente, o terrorismo não é algo novo, todavia é extremamente prejudicial para quem sofre e para quem o pratica, pois notadamente afeta diretamente o sistema nervoso de ambos”.

 

Foi para entender o funcionamento cerebral de quem comete estes ataques contra outras pessoas passou a ser estudado pela ciência. “Por meio da neuroanatomia, é possível saber como se comportam aqueles que organizam os ataques, a maneira que eles usam para influenciar as massas e traçar uma cronologia da evolução do conhecimento neuroanatômico. Ainda assim, é preciso lembrar que, por mais que os cérebros de qualquer pessoa seja anatômico igual, por outro é preciso entender que portadores de transtorno de personalidade podem ser vítimas destes transtornos e assim será possível entender como a mente deles justifica seus atos”, destaca o neurocientista.

 

Para conseguir este objetivo, uma das melhores ferramentas é a neurociência. Fabiano explica que “ela é a parte da ciência que procura entender como o cérebro dá lugar às atividades mentais, inclusive de aprendizado de capacidade boas e ruins. É importante lembrar que o cérebro tem plasticidade neural o que lhe permite aprender constantemente. Ou seja, é a propriedade que permite ao Sistema Nervoso Central se desenvolver e responder a estímulos, sobretudo no córtex pré-frontal. Enquanto isso, será possível também compreender a mente das pessoas que investem nessas ações chamadas de terroristas, o que futuramente poderá servir para pesquisas e facilitar com ainda mais facilidades os criminosos que cometem estes crimes”, finaliza.

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O Haiti completa 215 anos como país independente/Getty Images.

Redação/Blog Elias Jornalista

Reportagem originalmente publicada em 6 de janeiro de 2019.

Faz 215 anos que o Haiti se tornou a primeira nação independente da América Latina. É a república de população majoritariamente negra mais antiga do mundo. No continente americano como um todo, foi a segunda república a se formar, atrás apenas dos Estados Unidos.

Tudo isso aconteceu após uma revolução liderada por escravos. Essas conquistas são motivo de orgulho para uma nação que, há muitos anos, também encabeça rankings dolorosos.

O Haiti é o país mais pobre da América e um dos mais pobres do mundo, segundo o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional.

As razões para isso são várias. O Haiti foi palco de colonização europeia, ocupações pelos Estados Unidos, escravidão, revoluções e diversas ditaduras. E, em 1957, François “Papa Doc” Duvalier impôs ao longo de 28 anos um dos regimes mais corruptos e repressivos da história moderna.

BBC News Brasil

Postado às 19h07 DestaqueMundo Nenhum comentário

(Foto: REUTERS / Remo Casilli).

Redação/Blog Elias Jornalista

O papa Francisco fez um apelo por paz e diálogo em Cuba neste domingo, após enormes protestos terem abalado o país governado pelo Partido Comunista em escala nunca antes vista. 

“Estou ao lado do querido povo de Cuba nestes tempos difíceis”, disse Francisco em seu pronunciamento semanal aos fieis na Praça São Pedro, a primeira aparição pública desde que retornou ao Vaticano após ficar 11 dias internado num hospital.

O papa também pediu o fim da violência na África do Sul e classificou como uma “catástrofe” as enchentes mortais na Alemanha, Bélgica e Holanda.

Postado às 18h07 DestaqueMundo Nenhum comentário

(Foto/Print/Formula 1/Getty Images ).

Redação/Blog Elias Jornalista

Lewis Hamilton fez uma prova de superação para conquistar neste domingo (18) a vitória no Grande Prêmio da Grã-Bretanha de Fórmula 1, em Silverstone. Punido por um acidente com Max Verstappen no começo da prova, o britânico da Mercedes precisou reagir para vencer – o que só conseguiu graças a uma ultrapassagem sobre Charles Leclerc nas voltas finais. Valtteri Bottas, em terceiro, completou o pódio.

Foi um fim de semana em que tudo deu errado para a Red Bull. No sábado, Sergio Perez rodou e acabou em último. Largando em 20º, o mexicano tentou se recuperar neste domingo, mas foi apenas o 16º colocado e somou apenas um ponto, graças à volta mais rápida. Já Verstappen venceu a corrida sprint, mas o acidente da prova principal deixou ele apenas com os três pontos da véspera.

Apesar do péssimo fim de semana da Red Bull, Max Verstappen ainda lidera o Mundial de Pilotos – o holandês tem 185 pontos, contra 177 de Hamilton. Lando Norris, da McLaren, chegou a 113 e assumiu o terceiro lugar – Perez, com 104, caiu de terceiro para quinto. O quarto lugar é de Valtteri Bottas, com 108. Confira a classificação.

A décima etapa da temporada 2021 foi novamente atração na tela da Band, com narração de Sérgio Maurício, comentários de Reginaldo Leme e Max Wilson e reportagem de Mariana Becker direto de Silverstone. Uma transmissão que fez o fã da F1 não perder nenhum detalhe, desde antes da largada até o fim da festa do pódio.

Confira os principais destaques da prova

1 . Bandeira vermelha: Verstappen bate na primeira volta

A largada foi marcada por uma disputa acirrada entre Verstappen e Hamilton. O britânico da Mercedes largou bem e pressionou o rival da Red Bull. Ao entrarem na curva Copse, Hamilton tocou o holandês, que saiu da pista e bateu com força nos pneus.

A direção de prova colocou o safety car na pista. Verstappen precisou ser atendido pelos médicos. Hamilton, com o bico do carro avariado, perdeu o primeiro lugar para Charles Leclerc, da Ferrari. Minutos depois, a corrida foi interrompida.

  1. Largada tem Leclerc em primeiro e Vettel rodando

Na segunda largada, Leclerc manteve a primeira posição, à frente de Hamilton – que foi punido com 10 segundos pelo acidente. Lando Norris tomou o terceiro lugar de Bottas, que caiu para quarto. Daniel Ricciardo vinha em quinto.

Mais atrás, o maior prejuízo foi o de Sebastian Vettel. O alemão da Aston Martin rodou sozinho no final da volta e caiu para a 19ª posição.

  1. Problemas nos pitstops

A janela de trocas de pneus promoveu mudanças nas posições. Lando Norris parou na volta 22 e sofreu com um atraso na troca da roda traseira direita, perdendo tempo e caindo de terceiro para sexto – melhor para Bottas, que vinha atrás do inglês e voltou à frente depois de sua parada.

O incidente não foi isolado. Nomes como Fernando Alonso (Alpine) e Carlos Sainz (Ferrari) também tiveram problemas nas trocas e voltaram à pista com prejuízo.

Nas trocas dos ponteiros, Leclerc seguiu em primeiro. Hamilton cumpriu a punição e voltou em quinto, mas se recuperou e buscou o terceiro lugar, atrás de Bottas.

  1. Estratégia da Mercedes no fim

A dez voltas do fim, Hamilton tomou o segundo lugar de Bottas na tentativa de buscar Leclerc. A diferença entre os dois era de pouco menos de 8 segundos.

A escolha valeu a pena. Hamilton chegou no fim no encalço de Leclerc. Na volta 50 de 52, o britânico foi para cima e tomou de Leclerc a primeira posição – e não perdeu mais. Festa da torcida que lotou as arquibancadas de Silverstone.

  1. Não foi dessa vez…

A corrida de Leclerc foi de destaque. O monegasco liderou boa parte das voltas, mesmo anunciando problemas na unidade de potência. No fim, teve que se contentar com o segundo lugar.

Assim, a Ferrari precisará esperar mais um pouco para voltar a comemorar uma vitória – o que não acontece desde o GP de Singapura de 2019, quando Sebatian Vettel foi o primeiro colocado. O pódio foi o primeiro de Leclerc desde o GP da Grã-Bretanha de 2020.

Confira a classificação final do GP da Grã-Bretanha

Piloto do dia: Charles Leclerc

O monegasco da Ferrari pode não ter ficado feliz com o segundo lugar, mas acabou levando a melhor na votação do público.

E quando é a próxima etapa?

A Fórmula 1 retorna no final de semana dos dias 30 de julho, 31 de julho e 1º de agosto com o Grande Prêmio da Hungria, em Hungaroring. Tudo, mais uma vez, com cobertura completa do Grupo Bandeirantes de Comunicação.

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Movimentação em frente à casa do presidente do Haiti, Jovenel Moise. (Foto: Valerie Baeriswyl/AFP).

Redação/Blog Elias Jornalista

Por AFP
O presidente do Haiti, Jovenel Moise, foi morto a tiros dentro de casa, em Porto Príncipe, nesta quarta-feira, 7
Quatro “mercenários” envolvidos no assassinato do presidente do Haiti, Jovenel Moise, foram mortos nesta quarta-feira, 7, enquanto outros dois foram presos, informou a polícia menos de 24 horas após o crime que agrava a crise política do país.
O chefe da polícia detalhou que uma operação foi iniciada depois do ataque a tiros contra Moise nas primeiras horas da quarta-feira. Também afirmou que “três policiais que haviam sido feitos reféns foram recuperados”.
Jornal O DIA
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Zico leva tocha olímpica no Japão.

Redação/Blog Elias Jornalista

O técnico e jogador de futebol Zico carregou a tocha olímpica pelas ruas de Kashima, no Japão, neste domingo (4) e postou as fotos em sua rede social, dizendo ser um ‘dia inesquecível em sua vida’ e que a oportunidade de fazer o mesmo no Brasil lhe foi negada.

A tocha olímpica segue sendo erguida por cidades japonesas em celebração à Olimpíada de Tóquio, que acontecerá na capital japonesa neste mês.

“Um dia inesquecível em minha vida. Muitas coisas aconteceram em minha vida quando chegava Olimpíadas. […] Depois do meu país e na minha cidade terem me negado essa oportunidade de carregar a Tocha Olímpica. Hoje realizei meu sonho de participar de uma Olimpíada”, escreveu em seu Instagram.

CNN BRASIL

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O pontífice precisou ser operado para tratar uma inflamação (diverticulite) do cólon.

Redação/Blog Elias Jornalista

O Vaticano emitiu um comunicado informando que a cirurgia da qual o Papa Francisco precisou passar terminou e o pontífice passa bem. Ainda não se sabe, no entanto, quanto tempo ele ainda deverá ficar internado.

De acordo com o porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni, o Papa foi levado ao Hospital A. Gemelli, em Roma, onde foi submetido a uma cirurgia programada para tratar uma inflamação (diverticulite) do cólon.

A diverticulite é uma inflamação causada quando as pessoas desenvolvem pequenos sacos nas paredes do cólon. Os sacos ou bolsas são chamados de diverticulite. Geralmente é assintomático, mas pode causar desconforto e, às vezes, sangramento.

É uma condição comum que afeta mais da metade dos adultos nos Estados Unidos, de acordo com o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, e é mais comum com a idade.

Histórico de comorbidades

No dia 14 de março de 2013, um dia após ter se tornado Papa, o então porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, confirmou que parte de um dos pulmões de Francisco havia sido removida, devido a uma grave pneumonia que o acometeu aos 21 anos.

Em 21 de outubro de 2015, o Vaticano negou rumores sobre um suposto tumor cerebral benigno encontrado no pontífice argentino, conforme publicado pela mídia italiana.

No mesmo ano, com problemas no quadril e dores nas costas, o papa passou a fazer sessões regulares de fisioterapia, relatou à época o porta-voz do Vaticano.

Em Roma, em 2017, o pontífice deu detalhes da operação no pulmão a um jornalista argentino, e também relatou que havia sido submetido a uma cirurgia na vesícula biliar, quando já era superior provincial dos jesuítas.

Ele também relatou um problema cardíaco em 2004 e disse que, como seu pai, foi diagnosticado com esteatose hepática (gordura no fígado), que superou com uma dieta específica que também o fez perder peso.

Francisco também explicou que tem uma estreiteza no espaço intervertebral entre a quarta e a quinta vértebras lombares, e entre esta e o sacro, e que sofre de pés chatos, razão pela qual às vezes é visto andando “como uma galinha choca”.

O pontífice argentino ainda relatou que fez uma cirurgia de catarata em 2019.

*Com informações da Reuters

CNN BRASIL

 

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Ilustração do coronavírus. (Foto: REUTERS/Phil Noble).

Redação/Blog Elias Jornalista

A variante Delta, predominante em Portugal, já está presente em 98 países, anunciou hoje (2) a Organização Mundial da Saúde (OMS), alertando que o mundo está diante de um “período muito perigoso da pandemia” de covid-19.

“A Delta foi detectada pelo menos em 98 países, propagando-se rapidamente em países com baixa e com alta cobertura de vacinas”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, em entrevista coletiva virtual partir de Genebra.

Segundo ele, o mundo enfrenta atualmente um “período muito perigoso da pandemia”, com “cenas terríveis de hospitais superlotados” em países com baixa cobertura de vacinação e com a variante Delta, detectada inicialmente na Índia, a “continuar a mutação”, o que requer uma avaliação constante com ajustes na resposta de saúde pública.

O representante da OMS adiantou que pediu aos líderes mundiais para trabalharem em conjunto, no sentido de garantir que, em julho de 2022, 70% da população mundial estejam vacinados contra o SARS-CoV-2.

“Essa é melhor maneira de controlar a pandemia, de salvar vidas e de levar à recuperação econômica global, evitando que as variantes conseguiam se disseminar”, defendeu Tedros Adhanom, reiterando o objetivo de, em setembro deste ano, ter 10% da população do mundo já vacinada, o que permite proteger os trabalhadores da saúde e os grupos mais vulneráveis.

Para incrementar a vacinação global, o líder da OMS adiantou que estão sendo criadas novas instalações de produção em várias partes do mundo, mas que esse objetivo pode ser acelerado com a partilha de conhecimento e de tecnologia por parte das empresas farmacêuticas.

Nesse sentido, Tedros Adhanom disse que desafiou a BioNTech, a Pfizer e a Moderna a partilharem o conhecimento para “poder acelerar o desenvolvimento de novas produções” de vacinas.

Na mesma entrevista, a epidemiologista Maria Van Kerkhove, responsável técnica da resposta da OMS à covid-19, considerou que a organização “não tem uma bola de cristal para fazer previsões” sobre quanto tempo ainda demorará a pandemia. Lembrou que, neste momento, existem quatro variantes de preocupação – Alpha, Beta, Gama e Delta -, que também estão em circulação em Portugal.

“A trajetória das variantes em cada país depende dos planos que estão sendo implementados”, afirmou a especialista, ao destacar a necessidade de manter a vigilância, a testagem, o isolamento dos casos, a quarentena dos contatos e uma boa taxa de vacinação, assim como as medidas de proteção individual.

“Todos esses fatores são parte da equação sobre quando essa pandemia vai acabar”.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 3.957.862 mortes em todo o mundo, resultantes de mais de 182,5 milhões de casos de infecção, segundo balanço recente da agência AFP.

Em Portugal, morreram 17.108 pessoas e foram confirmados 884.442 casos de infeção, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detectado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.

Agência Brasil