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Fenacam chega à 19ª edição com o propósito de unir forças para ampliar a participação no mercado interno e voltar ao mercado internacional.

O presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Camarão – ABCC, Itamar Rocha, reforça que a união dos produtores é importante, mas precisa do apoio da sociedade organizada para atrair investimentos e fazer com que o setor possa explorar seu imensurável potencial

Durante o evento de lançamento da 19ª edição da Feira Nacional do Camarão (Fenacam’23), realizado na manhã desta terça-feira (10), no Restaurante Targino, localizado no Parque Aristófanes Fernandes, em Parnamirim, o presidente Associação Brasileira dos Criadores de Camarão – ABCC, Itamar Rocha, defendeu a união de produtores e voltou a cobrar apoio da sociedade organizada do estado e do poder público para que a carcinicultura Potiguar e Brasileira volte a participar do promissor mercado internacional.

“O mundo hoje exporta/importa cerca de US$ 30 bilhões de camarão por ano. E o Brasil, que já ocupou posição de líderança na exportação para a Europa e para os Estados Unidos, está fora desses importantes mercados, inclusive, não vai exportar nem 1 kg de camarao em 2023″, diz Itamar Rocha, que relembra, ainda, números dos últimos anos que o Brasil exportou camarão: “Em 2003, quando o RN participava desse mercado, nós tínhamos 32% do que o Equador exportou naquele ano. E em 2023, o Equador deverá exportar US$ 7,5 bilhões, enquanto o Brasil não exportará nem um dólar sequer. A despeito de contar com uma fundada estrutura e, uma localização geográfica privilegiada, por falta de apoio e incentivos, ficará fora desse gigantesco mercado (US$ 30 bilhões/ Ano). É preciso que os produtores se unam, mas é preciso também que a sociedade organizada do estado e do Brasil possam criar condições de atratividade para atrair os necessários investimentos estruturadores!”

Atualmente o Rio Grande do Norte produz anualmente cerca de 28 mil toneladas de camarão, o que nos coloca como o segundo maior produtor do país, atrás apenas do Ceará, que tem uma produção de aproximadamente 78 mil toneladas por ano. Essa distância pode ser diminuída, e o presidente da ABCC e realizador da Fenacam destaca características do RN que garantem grande potencial à produção de camarão local.

“O Rio Grande do Norte, apesar da dificuldade que vem enfrentando, ele continua sendo um atrativo muito grande para a feira e para investidores. Nós temos um litoral com água muito boa e nós temos um aquífero chamado aquífero Jandaíra, muito importante, com águas de muito boa qualidade para o cultivo de camarão, e que nós não estamos usando. É um gigante cujo manancial, de até 150 metros de profundidade, possui uma reserva hidrica, com águas oligohalinas, inclusive improprias para o consumo humano, de 2,3 trilhões de metros cúbicos, o que corresponde 80 vezes a barragem de Sobradinho, e nós precisamos utilizá-lo para viabilizar a exploração de todo o nosso potencial”, explica Itamar Rocha.

A 19ª edição da Feira Nacional do Camarão foi lançada oficialmente nesta terça-feira (10), em um café da manhã que reuniu imprensa, representantes da carcinicultura, da piscicultura, da sociedade em geral, e autoridades públicas, que puderam ver um pouco do que vem por aí na Fenacam’23, o maior evento do setor no Brasil, que acontece entre os dias 14 e 17 de novembro de 2023, no Centro de Convenções de Natal.

Com o tema “Carcinicultura Brasileira: Depois de Consolidado o Mercado Interno, Voltará sua Atenção para o Mercado Internacional”, a Fenacam 2023 promete reunir as maiores autoridades do setor em Natal, na maior edição da feira de todos os tempos.

“Temos certeza de que vamos estar com todo o nosso espaço da feira ocupado, o que é um termômetro muito forte, porque ali estão os investidores, as pessoas que estão acreditando”, diz Itamar Rocha, presidente da ABCC, falando sobre a expectativa para esta edição.

Na programação, além de uma grande feira de negócios que contará com expositores investidores locais e nacionais, haverá o Simpósio da Aquicultura com mais de 20 palestrantes que trarão as maiores novidades do mercado para o Rio Grande do Norte.

“Serão 23 palestrantes, sendo 40% das palestras internacionais, que vêm de grandes empresas do mundo todo, com suas tecnologias sendo mostradas aos produtores. Por isso é importante a participação do produtor do Rio Grande do Norte, do Ceará, do Nordeste todo participar, para ver as novas tecnologias, conhecer todas as opções para que possam melhorar suas performances técnicas e principalmente comerciais”, explica Itamar Rocha.

Mas além da parte técnica, que conta com os simpósios, e da feira que reúne empresários que contribuem com o setor em todo o Brasil, a Fenacam’23 tem muita atração para a sociedade em geral, como o Festival Gastronômico de Frutos do Mar.

“Existe a parte mais técnica, e a parte que atende a todo mundo. É muito importante participar da feira, onde nós temos, durante todos os dias de evento, das 11h às 15h, a oportunidade de saborear as delícias da culinária de frutos do mar potiguar”, diz Itamar Rocha.

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