Crédito Joana Lima.

Na tarde desta terça-feira, um paciente do Hospital Rio Grande, recebeu um coração compatível vindo de João Pessoa, (PB). A delicada operação, que se iniciou com a chegada do órgão na Base Aérea de Natal por volta das 15h, contou com uma escolta realizada pela equipe da Secretaria de Mobilidade Urbana de Natal (STTU), que acompanhou o coração até o Hospital Rio Grande, local da cirurgia.

O receptor é um homem de 34 anos que luta contra a insuficiência cardíaca e estava na UTI há mais de 10 dias. A notícia da possível compatibilidade chegou por volta das 22 horas da noite anterior, desencadeando uma mobilização intensiva das equipes médicas e da STTU.

O Inspetor Chefe da STTU, Carlos Eugênio, relatou a importância da missão humanitária: “Formamos uma equipe dedicada para essa operação, que está atuando desde as 8h da manhã, e estivemos de prontidão até a chegada do órgão. Conseguimos fazer uma escolta de 13 minutos da Base Aérea até o hospital. O corpo de motociclistas da STTU fez todo o fechamento para o livre acesso da partida ao destino.”

O sucesso na operação de transporte é um passo significativo, destacando a coordenação eficaz entre as equipes médicas, a STTU e demais envolvidos nesse esforço humanitário. Após a retirada, é crucial garantir a rápida circulação sanguínea dos órgãos, uma vez que eles suportam muito pouco tempo sem ela. No caso do coração, o limite é de 4-6 horas. A cirurgia, que ocorre com base na autorização da família de um doador que sofreu morte cerebral, tem uma média de duração entre 8 a 12 horas.

O transplante cardíaco é uma medida indicada para pacientes com cardiopatias graves que não respondem a tratamentos convencionais. A autorização dos familiares coloca o coração à disposição do Sistema Nacional de Transplantes (SNT), que gerencia a fila única de candidatos a órgãos.

Os próximos passos incluem a preparação do órgão para transporte, onde o SNT entra em contato com o primeiro da lista e o hospital inicia sua preparação. No centro cirúrgico, os médicos desviam o sangue do coração doente para uma máquina de circulação extracorpórea, conhecida como “coração artificial”. Esta máquina mantém o fluxo sanguíneo durante toda a operação, permitindo a retirada do órgão.

Os profissionais de saúde, incluindo duas equipes cirúrgicas, que contam com dois anestesiologistas,  um enfermeiro perfusionista, e dois instrumentadores. Após a conclusão da cirurgia, o paciente permanece em observação por aproximadamente 15 dias.