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Simone Mendes leva turnê Cintilante pela primeira vez ao CTN.

Cantora com 10 milhões de ouvintes no Spotify emplaca Erro Gostoso, Dois Fugitivos e Você Mereceu no Top 200

Simone Mendes leva a megaturnê Cintilante pela primeira vez ao CTN (Centro de Tradições Nordestinas)! A cantora, que acaba de alcançar a marca de 10 milhões de ouvintes mensais no Spotify, se apresentará na casa de shows em São Paulo na próxima quarta-feira (6).

 

Encabeçado pelo megahit Erro Gostoso (#23), com 190 milhões de plays, o álbum Cintilante emplacou mais dois sucessos no Top 200 do Spotify, ranking da principal plataforma de streaming: Dois Fugitivos (#175) e Você Mereceu (#199).

 

Dois Fugitivos também explodiu na Deezer, ocupando a posição #33 do Top Brazil da plataforma. Atualmente, se aproxima de 15 milhões de streams no Spotify!

 

Em Barretos (SP), Simone Mendes fez história como a primeira mulher a se apresentar em duas noites na mesma Festa do Peão, realizada em agosto!

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Paulo Borges e Dandara. Crédito Denise Andrade.

Na noite de 02 de setembro, José Olympio da Veiga Pereira, presidente da Fundação Bienal de São Paulo, junto ao Conselho, curadores e artistas, somados ao time de embaixadores digitais da mostra, celebram a abertura de mais uma edição da Bienal de São Paulo em uma festa exclusiva para convidados no Auditório do Ibirapuera em São Paulo.

A 35ª Bienal de São Paulo reúne 121 artistas e mais de 1100 obras. E apresenta pela primeira vez um coletivo curatorial, formado por Diane Lima, Grada Kilomba, Hélio Menezes e Manuel Borja-Villel. Outra novidade é o projeto expográfico da mostra, desenvolvido pelo escritório de arquitetura Vão. A abertura oficial acontece no dia 06 de setembro, a partir das 10h no Pavilhão da Bienal, localizado no parque do Ibirapuera.  O evento contou com a presença de Paulo Borges, Dandara, Nathalie Felsberg,  Rafael Motta, Kananda Eller, Vivi Villanova, Meninos Rei, Thai de Melo, Xênia França, Lissa Carmona, Kevin David, Cris Arcangeli

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Luísa Sonza lança pizza exclusiva com o iFood no The Town.

A cantora Luísa Sonza esteve no The Town, em São Paulo, neste sábado (2), e divulgou a sua ação com o iFood para o festival: uma pizza exclusiva criada em parceria com a cantora. A novidade, chamada de Sonza’s Calabrese, está sendo vendida no aplicativo de delivery e no restaurante da marca no festival.

“Todo mundo ama uma boa pizza. Estar num festival como esse e poder escolher o sabor de pizza do seu artista favorito permite uma experiência ainda mais incrível. A minha terá no meu camarim, com certeza. Incrível também será meu show. O público pode esperar, como sempre, toda minha entrega e força. E claro: novidades!!!” – declarou.

Postado às 20h08 BrasilDestaque Nenhum comentário

Em nota, governo informa que caso do apresentador de TV foi priorizado por ser muito grave. Crédito Foto: Renato Pizzutto/Band.

No domingo passado (21), o Jornal do Brasil antecipou que o apresentador Fausto Silva teve uma piora no quadro de insuficiência cardíaca e que, por isso, entrou na fila do Sistema Único de Saúde (SUS) para fazer um transplante cardíaco. Com outras 386 pessoas à espera do órgão, o tempo para receber a doação, segundo especialistas, poderia variar de dois a 18 meses. Mas, felizmente para o apresentador, não chegou nem perto disso.

Menos de uma semana depois, neste domingo (27), Faustão já recebeu o coração – de um doador de 35 anos – e até passou por cirurgia. A informação foi confirmada pelo Hospital Israelita Albert Einsten, onde ele está internado desde 5 de agosto. A rapidez no transplante se deu porque o apresentador estava incluído como paciente prioritário por causa do estado de saúde. Ele era o segundo na fila com o tipo sanguíneo B-.

O boletim médico ainda indica que a operação durou cerca de 2h30. Ele é assinado pelo cardiologista Fernando Bacal; pelo cirurgião cardiovascular Fábio Antônio Gaiotto; pelo cirurgião cardiovascular Fábio Antônio Gaiotto; e pelo diretor médico do Einstein, Miguel Cendoroglo Neto.

A instituição de saúde também informou que a operação foi bem-sucedida e que o comunicador está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para controle de rejeição. As primeiras horas são cruciais para que o corpo não considere o novo órgão uma “ameaça”.

A fila de transplantes é organizada pelo SUS e unificada entre todos os pacientes aptos para a cirurgia. O posicionamento de cada pessoa é dado a partir de uma série de critérios rígidos que envolvem principalmente a gravidade do caso e a taxa de sucesso do transplante.

 

Fonte: Jornal do Brasil

Postado às 10h08 BrasilDestaquePlantão Nenhum comentário

Band lança campanha de conscientização para doação de órgãos e tecidos .

O Grupo Bandeirantes acredita que a solidariedade salva e lançou, na segunda-feira (21), a campanha “Doe órgãos, Doe vida”, de conscientização para doação de órgãos e tecidos.

Todos os dias, inúmeras vidas estão em jogo, esperando uma segunda chance que só pode vir de um ato de generosidade. Converse com a sua família sobre o assunto. Só ela pode autorizar esse ato. Veja mais informações no site do Ministério da Saúde.

Como funciona a fila de transplantes do SUS?

O Brasil tem o maior sistema público de transplante de órgãos de todo mundo e é o segundo país maior transplantador do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. A estrutura é gerenciada pelo Ministério da Saúde, que garante que 90% das cirurgias sejam feitas por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Tal gerenciamento integra as 27 centrais estaduais do país.

Segundo o Ministério da Saúde, hoje, há 617 hospitais e 1.495 equipes autorizados a realizarem transplantes no Brasil. Uma delas é liderada pelo médico Lúcio Pacheco, especialista em transplante de fígado. As etapas para um transplante acontecer são as seguintes:

1 – Paciente primeiro é incluído na lista nacional de transplantes pelo médico autorizado;

2 – Acompanhamento da posição na fila pelos canais oficiais do governo e de São Paulo, caso o paciente seja do estado;

3 – Passar pelo procedimento caso haja o órgão compatível e a posição na fila seja favorável;

Não é possível estimar o tempo em que o processo de transplante ocorra, justamente pelos fatores de prioridade e compatibilização de órgão e paciente.

Doação

Podem ser doados rins, fígado, coração, pulmões, pâncreas, intestino, córneas, váluvas cardíacas, pele, ossos e tendões. Caso queira ser doador de órgãos, o primeiro a se fazer é avisar a família da vontade, já que a doação é realizada após autorização familiar.

Não é preciso registrar a intenção de doar órgãos em cartórios ou informar em documentos o desejo de doar. Só é inviabilizado o transplante caso o paciente tenha doenças crônicas como diabetes, infecções ou tenha usado drogas injetáveis, por isso, os médicos realizam uma entrevista familiar para a equipe médica avaliar riscos para garantir a segurança de receptores.

Band/Doe órgãos.

Postado às 20h07 BrasilDestaquePlantão Nenhum comentário

Crédito Rovena Rosa/Agência Brasil)

O governo federal  anunciou nesta terça-feira, 18, o reajuste de bolsas de fomento tecnológico e extensão em até 94%. O aumento varia de acordo com a modalidade dos benefícios. Segundo anúncio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o reajuste vai beneficiar cerca de 6.500 bolsistas e os valores já serão pagos em agosto.

Em comunicado, a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, afirmou que o reajuste é importante para incentivar a inovação e ampliar o impacto da ciência no Brasil.

“As bolsas de fomento tecnológico e extensão inovadora constituem mais um instrumento para a transferência de conhecimento e geração de inovação. O reajuste que anunciamos hoje reflete o compromisso do nosso governo com as pesquisadoras e pesquisadores do país e com a ciência como instrumento para a superação dos mais diferentes desafios e como pilar do desenvolvimento nacional, sendo a inovação um dos principais elementos da política de reindustrialização do Brasil em novas bases tecnológicas”, afirmou em nota.

Segundo o presidente do CNPq, Ricardo Galvão, também em nota, o reajuste não foi anunciado antes porque o órgão ainda negociava recursos com outras pastas do governo.

Veja os reajustes:

Iniciação Tecnológica e Industrial – Nível A: de R$ 400 para R$ 700

Iniciação Tecnológica e Industrial – Nível B: de R$ 161 para R$ 300

Desenvolvimento Tecnológico e Industrial – Nível A: de R$ 4.000 para R$ 5.200

Desenvolvimento Tecnológico e Industrial – Nível B: de R$ 3.000 para R$ 3.900

Desenvolvimento Tecnológico e Industrial – Nível C: de R$1.100 para R$ 1.430

Especialista Visitante – Nível 1: de R$ 5.000 para R$ 6.500

Fixação e Capacitação de Recursos Humanos – Fundos Setoriais – Nível A: de R$ 6.000 para R$ 7.800

Fixação e Capacitação de Recursos Humanos – Fundos Setoriais – Nível B: de R$ 5.000 para R$ 6.500

Fixação e Capacitação de Recursos Humanos – Fundos Setoriais – Nível C: de R$ 4.500 para R$ 5.850

Fixação e Capacitação de Recursos Humanos – Fundos Setoriais – Nível D: de R$ 4.000 para R$ 5.200

Fixação e Capacitação de Recursos Humanos – Fundos Setoriais – Nível E: de R$ 3.500 pra R$ 4.550

Fixação e Capacitação de Recursos Humanos – Fundos Setoriais – Nível F: de R$ 3.000 para R$ 3.900

Fixação e Capacitação de Recursos Humanos – Fundos Setoriais – Nível G: de R$ 2.500 para R$ 3.250

Fixação e Capacitação de Recursos Humanos – Fundos Setoriais – Nível H: de R$ 1.500 para R$ 1.950

Fixação e Capacitação de Recursos Humanos – Fundos Setoriais – Nível I: de R$ 800 para R$ 1.040

Apoio à Difusão do Conhecimento – Nível 1A: de R$ 4.000 para R$ 5.200

Apoio à Difusão do Conhecimento – Nível 1B: de R$ 3.000 para R$ 3.900

Apoio à Difusão do Conhecimento – Nível 1C: de R$ 1.100 para R$ 1.430

Apoio à Difusão do Conhecimento – Nível 2A: de R$ 483 para R$ 700

Apoio à Difusão do Conhecimento – Nível 2B: de R$ 241 para R$ 300

Apoio à Difusão do Conhecimento – Nível 2C: de R$ 161 para R$ 200

Iniciação ao Extensionismo: de R$ 360 para R$ 700

Postado às 12h07 BrasilDestaque Nenhum comentário

Presidente Lula é entrevistado por Marcos Uchoa no programa Conversa com o Presidente, em Bruxelas, Bélgica. Imagem: TV Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira (18) que o programa Desenrola Brasil é uma “revolução extraordinária”, ao possibilitar, em especial à população pobre, liberdade de suas dívidas. Ele antecipou que o governo disponibilizará, em setembro, um aplicativo voltado a “pessoas que devem nas lojas”, o que, segundo ele, “salvará 72% da população que está endividada.

A declaração foi no programa semanal Conversa com o Presidente, transmitido pela TV Brasil. Lula está em em Bruxelas, capital da Bélgica, onde participa da 3ª Cúpula Celac-União Europeia. O encontro reúne 60 lideranças de países latino-americanos e europeus.

Perguntado sobre o Programa Emergencial de Renegociação de Dívidas de Pessoas Físicas Inadimplentes (Desenrola Brasil), lançado recentemente pelo governo federal, com o objetivo de ajudar os brasileiros a quitarem suas dívidas, Lula disse que “o que está acontecendo é uma revolução extraordinária”.

“Todo mundo que tem pequena dívida de R$ 100 vai já ficar isento e sair do Serasa, e quem ganha até R$ 20 mil já pode negociar a dívida com os bancos. Teve banco anunciando redução de 96% na dívida”, disse o presidente.

Aplicativo

O presidente Lula adiantou que em setembro o governo vai lançar um “aplicativo para as pessoas que devem para o varejo, nas lojas”. Por meio dele, será possível obter, também, descontos nas dívidas. “Vai ser excepcional. Se der certo, vamos salvar no mínimo 72% da população que está endividada. E vai permitir que essas pessoas voltem para o mercado de consumo, livres de suas pequenas dívidas”.

“Pobre não gosta de ter dívidas. Pobre gosta de pagar o que deve. Por isso está tendo tanta procura para resolver o problema da dívida. Todos querem andar de cara limpa, entrando nos lugares de cabeça erguida por não estarem devendo”, disse.

Lula, no entanto, alertou que, caso seja necessário fazer, posteriormente, outras dívidas, as pessoas o façam, “mas sempre de forma muito responsável”.

O governo, inclusive, informou que lançará, no âmbito do Desenrola Brasil, um programa de educação financeira, com o objetivo de prevenir o risco de os consumidores caírem em novos débitos após limparem seus nomes.

Agência Brasil

Postado às 09h07 BrasilDestaque Nenhum comentário

Crédito Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil.

O Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu, na noite desta sexta-feira (30), o julgamento sobre a validade do pagamento do piso salarial nacional para os profissionais de enfermagem. A maioria dos ministros votou a favor do pagamento conforme a lei para os profissionais que são servidores públicos da União, de autarquias e de fundações públicas federais.

O piso também fica valendo para servidores públicos dos estados e municípios e do Distrito Federal, além dos enfermeiros contratados por entidades privadas que atendam 60% de pacientes oriundos do Sistema Único de Saúde (SUS). Será admitido o pagamento do piso proporcional à jornada.

Houve o impasse na votação para o pagamento aos profissionais celetistas, que trabalham em hospitais privados.

Venceu a proposta do relator do processo, ministro Luís Roberto Barroso, que determina que haja uma negociação coletiva prévia entre patrões e empregados como critério para o pagamento do piso. O argumento do ministro é evitar demissões em massa ou comprometimento dos serviços de saúde. Nesse caso, podem ser aplicados outros valores.

O voto de Barroso foi acompanhado pelos ministros Gilmar Mendes, Carmen Lúcia e André Mendonça, o último a depositar o voto no plenário virtual da Corte na noite de ontem.

O ministro Dias Toffoli divergiu do relator. Para ele, o pagamento do piso aos enfermeiros privados deveria ocorrer de forma regionalizada, conforme negociação coletiva da categoria em cada estado, devendo prevalecer o “negociado sobre o legislado”. Também votaram nesse sentido os ministros Alexandre de Moraes, Luiz Fux e Nunes Marques.

Para os ministros Edson Fachin e Rosa Weber, o piso deveria ser garantido para todas as categorias de enfermeiros públicos e privados.

Piso nacional

O novo piso para enfermeiros contratados sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) é de R$ 4.750, conforme definido pela Lei nº 14.434. Técnicos de enfermagem recebem, no mínimo, 70% desse valor (R$ 3.325) e auxiliares de enfermagem e parteiras, 50% (R$ 2.375). Pela lei, o piso vale para trabalhadores dos setores público e privado.

No ano passado, o pagamento do piso foi suspenso pelo STF devido à falta de previsão de recursos para garantir o pagamento dos profissionais, mas foi liberado após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva abrir crédito especial para o repasse de R$ 7,3 bilhões  para estados e municípios pagarem o piso.

Em maio, o relator, ministro Luís Roberto Barroso, estabeleceu regras para o pagamento do piso aos profissionais que trabalham no sistema de saúde de estados e municípios nos limites dos valores recebidos pelo governo federal. Na semana passada, o caso voltou a ser julgado após dois pedidos de vista diante de divergências apresentadas pelos ministros em relação à operacionalização do pagamento.

Agência Brasil

Postado às 22h06 BrasilPlantão Nenhum comentário

INELEGÍVEL – BOLSONARO. Por 5 a 2, TSE torna Jair Bolsonaro inelegível por oito anos.

Ex-presidente só poderá voltar a disputar eleições em 2030; maioria da Corte entendeu que o ex-presidente cometeu abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) formou maioria nesta sexta-feira (30) para condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e deixá-lo inelegível pelo prazo de oito anos. O voto decisivo foi dado pela ministra Cármen Lúcia.

O placar final ficou em 5 a 2 pela condenação. Confirmada a condenação e a inelegibilidade, Bolsonaro ficará fora das eleições até 2030.

Após a condenação, o ex-presidente disse que a decisão foi como uma “facada nas costas“.

A maioria da Corte entendeu que o ex-presidente cometeu abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação ao fazer uma reunião com embaixadores em julho de 2022 e atacar sem provas o sistema eleitoral. A ação foi apresentada pelo PDT.

Esta é a quarta sessão de julgamento da ação contra o ex-presidente. Na quinta-feira (29), a Corte já havia formado maioria para livrar da condenação e da inelegibilidade o então candidato a vice-presidente na chapa em 2022, Walter Braga Netto.

A defesa do ex-presidente poderá recorrer da decisão ao próprio TSE e ao Supremo Tribunal Federal (STF), mas o efeito da inelegibilidade é imediato. O advogado de Bolsonaro no caso, Tarcísio Vieira de Carvalho, já indicou que acionará o Supremo.

Antes de recorrer ao STF, é preciso esgotar todas as possibilidades de recurso na Corte eleitoral. Assim, a condenação deverá ser contestada pelo chamado “embargo”. O instrumento não tem o potencial de alterar a decisão, e permite esclarecer eventuais contradições e obscuridades no acórdão. Também não serve para suspender o efeito de eventual decretação de inelegibilidade.

O recurso ao Supremo precisa, antes, ser apresentado ao TSE para verificação dos requisitos de sua admissibilidade. No STF, os três integrantes da Corte que participam do TSE (Moraes, Cármen e Nunes), ficam excluídos da distribuição do recurso.

Ao fim, a iniciativa também tende a não prosperar. Isso porque quem dá a última palavra em temas eleitorais é o TSE. O Supremo avaliaria eventuais ofensas à Constituição no caso. Os três ministros do Supremo que atuam no TSE podem participar de um eventual julgamento no plenário.

Julgamento

O voto pela condenação e inelegibilidade de Bolsonaro foi apresentado pelo relator do caso, ministro Benedito Gonçalves, na terça-feira (27). Acompanharam o entendimento os ministros Floriano de Azevedo, André Ramos Tavares, Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes.

O ministro Raul Araújo e Nunes Marques divergiram, votando contra a condenação e a inelegibilidade de Bolsonaro.

A ação contra o ex-presidente foi movida pelo PDT e contesta uma reunião realizada por Bolsonaro com embaixadores, em julho de 2022, no Palácio da Alvorada. Na ocasião, o então presidente fez ataques ao sistema eleitoral. O encontro foi transmitido pela TV Brasil e por perfis de Bolsonaro nas redes sociais.

Voto

A ministra Cármen Lúcia disse que as falas de Bolsonaro foram um ataque ao Poder Judiciário e integrantes do STF e TSE, além de ter tido caráter eleitoreiro. Os fatos, segundo a magistrada, são de gravidade pelo cargo de presidente da República e pelo uso da estrutura do governo.

“Já estávamos a praticamente 3 meses das eleições. O primeiro investigado [Bolsonaro] repete as referências de desqualificação de Luiz Inácio Lula da Silva, que seria o adversário nas urnas. Houve agravos contundentes contra o Poder Judiciário, desqualificação do Poder Judiciário, ataque deliberado. Exposição de fatos que já tinham sido, objetiva e formalmente, profundamente refutados por este tribunal”.

“Até mesmo a leitura dos autos mostra que sequer órgãos do executivo foram respeitados. Por norma expressa a organização desses eventos se dá, quando se trata de ato de governo, ao Itamaraty. O então ministro das Relações Exteriores, Carlos França, disse que não sabia, não participou”.

Conforme Cármen Lúcia, a fala de Bolsonaro “Se tratou de monologo não qual se teve autopromoção”.

“A crítica feita a qualquer servidor público acontece, e faz parte, o que não se pode é um servidor pública, em espaço público, com equipamento público e transmissão pública fazer achaques contra ministros do supremo como se não estivesse achacando a própria instituição – e a democracia é feita com um judiciário independente”.

Segundo a ministra, os atos colocaram em risco a normalidade e legitimidade do processo eleitoral e a própria democracia.

“Mas isto foi divulgado. Ou seja, com uso indevido dos meios de comunicação para solapar a confiabilidade de um processo sem o qual nós não teríamos sequer o Estado de Direito, porque a Constituição não se sustentaria”, declarou.

Relator

Ao votar para condenar Bolsonaro, na terça-feira (27), o ministro Benedito Gonçalves disse ter ficado comprovado abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação pela reunião com embaixadores.

Conforme o relator, as provas do processo apontam para a conclusão de que Bolsonaro “foi integral e pessoalmente responsável pela concepção intelectual do evento” com embaixadores.

“Isso abrange desde a ideia de que a temática se inseria na competência da Presidência da República para conduzir relações exteriores — percepção distinta que externou o ex-chanceler ao conceituar a matéria como um tema interno — até a definição do conteúdo dos slides e a tônica da exposição — que parece ter sido lamentada pelo ex-chefe da Casa Civil”, afirmou.

Benedito Gonçalves foi duro nas palavras usadas em seu voto. Ele disse que teorias conspiracionistas e mentiras de Bolsonaro não estão respaldadas na liberdade de expressão e que o ex-presidente usou as redes sociais para incitar dúvidas, insegurança, desconfiança e paranoia coletiva.

Gonçalves afirmou ter ficado constatado que a estrutura e o serviço do Poder Executivo foram “rapidamente mobilizados para a viabilizar a reunião”. Para o relator, a magnitude do evento com embaixadores não se mede pelos custos da atividade.

Conforme o voto, os representantes estrangeiros que foram à reunião assistiram “por mais de uma hora” a uma apresentação em que Bolsonaro fez “elogios” a “si próprio e a seu governo”, críticas à atuação de servidores públicos, “ilações a respeito de ministros” do TSE, além de “supostas conspirações para que seu principal adversário viesse a ser eleito, exaltação às Forças Armadas, defesa de proposta de voto impresso, recusada pela Câmara dos Deputados quase um ano antes e alerta contra a inocuidade das missões de observação internacional”.

“O improvável fio condutor de todos esses tópicos foi a afirmação de que houve manipulação de votos nas eleições de 2018 e que era iminente o risco nas eleições de 2022”, citou.

Fonte: CNN BRASIL

Postado às 19h06 BrasilDestaque Nenhum comentário

Atuação acontece em parceria com órgão de saúde indígena do Ministério da Saúde.

A organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) está dando apoio ao trabalho de assistência à população da Terra Indígena Yanomami (TIY). As ações de MSF ocorrem em parceria com a SESAI (Secretaria Especial de Saúde Indígena), do Ministério da Saúde, e estão focadas no combate à malária na região de Auaris, no noroeste de Roraima.  

A doença é endêmica na região e representa um grave problema de saúde que atinge adultos e crianças. Em função da incidência elevada, uma estratégia de busca ativa de casos foi adotada na região por MSF e pelo DSEI-Yanomami (Distrito Sanitário Especial Indígena), divisão do sistema de saúde pública indígena dedicado ao atendimento no território Yanomami. Diariamente, as equipes percorrem longas distâncias para chegar às comunidades e realizar a testagem da população.

“Estamos testando o maior número de pessoas possível, mesmo aquelas que não apresentam sintomas” explicou a médica Raquel Simakawa, que acabou de retornar de Auaris depois de integrar a equipe que iniciou em maio os atendimentos médicos de MSF na região. “Só assim conseguimos detectar e tratar a malária o mais rápido possível, diminuindo o risco de complicações e também a taxa de transmissão”, afirmou. 

O trabalho de busca ativa consiste na coleta entre as pessoas das comunidades de amostras de sangue, que podem chegar a 100 por dia por microscopista. A análise das lâminas coletadas é realizada geralmente no mesmo dia, e todos que testam positivo iniciam imediatamente o tratamento. Dependendo do tipo de malária e caso a pessoa já tenha tido a doença anteriormente, a duração do tratamento pode variar de três dias a até duas semanas.

A malária é uma doença infecciosa causada por um parasita, que é transmitido pela picada de um mosquito após o inseto ter picado uma pessoa já infectada. Para conter sua propagação, é necessário deter ao máximo a circulação do plasmódio causador da doença, tratando as pessoas doentes para ajudar a interromper o ciclo de transmissão. Outra frente de combate é diminuir a exposição aos insetos, com a fumigação de áreas onde o mosquito esteja presente e o uso de mosquiteiros.

No período recente, houve um aumento dos registros de malária no território Yanomami. Nos quatro primeiros meses deste ano, foram notificados 7.227 casos, uma alta de 43% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com dados do Ministério da Saúde. 

Em anos anteriores, já era observada uma alta incidência da doença na TIY, em um contexto de escassez crescente de recursos humanos e de insumos dedicados à saúde indígena.

Paralelamente, o avanço da mineração ilegal criou uma situação de degradação ambiental que pode ter favorecido a propagação de mosquitos, vetores da malária. Com a declaração da emergência sanitária no território, no início deste ano, ficou ainda mais evidente a grande incidência da malária entre as comunidades.

Se não for adequada e oportunamente tratada, a malária pode causar diversas complicações, como anemia grave, desconforto respiratório, letargia e prostração, podendo inclusive, nos casos mais graves, levar à morte, especialmente em indivíduos que já estejam debilitados.

“É preciso que nossa estratégia de detecção de casos e tratamento seja muito consistente”, explicou a médica de MSF. Por isso, são realizadas visitas semanais das equipes de saúde às comunidades para que a testagem seja repetida, e a frequência dos testes só é diminuída quando a doença é efetivamente controlada. Apenas nas duas primeiras semanas de atividades foram realizados mais de mil testes, com cerca de 200 casos positivos. 

Para realizar esse trabalho, MSF possui atualmente uma equipe de cerca de dez pessoas na região de Auaris, com médicos, equipe de enfermagem e um microscopista, apoiados por uma antropóloga e um especialista em logística. As atividades são realizadas em parceria com o DSEI, que conta com equipes que incluem médicos, enfermeiros e agentes de saúde indígena.  

O trabalho de busca ativa de casos é feito todos os dias, e a tarefa pode exigir horas de deslocamento por rios e também longas caminhadas a pé até chegar às comunidades. “Essa parceria tem sido importante para que tenhamos um bom acesso às comunidades e qualidade nos diagnósticos, o que é essencial para conseguirmos curar os pacientes e impedir que a doença se expanda”, explica o coordenador de operações de MSF na América do Sul, Fábio Biolchini.

A região de Auaris, onde MSF está trabalhando, é uma das mais populosas da TIY, com mais de 4 mil pessoas do total estimado de 30 mil indígenas em todo o território, cuja área é maior do que a de Portugal. A maior parte da população da TIY pertence ao povo Yanomami, que compreende diversos grupos. Em Auaris, o grupo mais numeroso é o dos Sanöma (pronuncia-se “Sanumá”), que compartilha uma origem comum com os Yanomami, mas se reconhece como um grupo à parte. Na região também estão presentes os Ye’kwana (pronuncia-se “Iecuana”), que possuem origem e cultura diferentes.

Mesmo com recursos limitados e atuando em uma área de grande extensão territorial e com desafios logísticos, Biolchini acredita que experiências anteriores podem ajudar no trabalho atual. “MSF tem uma extensa experiência na implementação de estratégias de prevenção e tratamento de malária, adquirida ao longo de muitos anos”, lembra ele. Apenas no ano passado, a organização tratou mais de 4,2 milhões de casos da doença em todo o mundo. 

Um dos locais onde a organização já implementou uma resposta a um surto de malária foi o Brasil. “Na década de 1990, contamos com um grande apoio de comunidades indígenas de Roraima para implantar uma estratégia bem-sucedida de detecção e tratamento de malária”, lembrou a diretora-geral de MSF, Renata Reis. “A grave crise de saúde vivida no território Yanomami é um desafio imenso, mas temos confiança de que poderemos enfrentá-lo melhor atuando em conjunto com nossos parceiros e, principalmente, em sintonia com as necessidades expressadas pelas comunidades que estamos atendendo”, afirmou ela.

CASAI Yanomami

Além do território indígena Yanomami, uma equipe de MSF também trabalha na assistência médica aos indígenas que estão na Casa de Apoio à Saúde Indígena Yanomami (CASAI-Y), localizada em Boa Vista.

A CASAI é parte da estrutura de saúde para indígenas. Eles são geralmente encaminhados para lá quando não há disponibilidade de atendimento dentro do próprio território indígena, para aguardar consultas eletivas nos hospitais e consultórios de Boa Vista. Casos mais graves são transferidos diretamente aos hospitais, sendo depois encaminhados de volta para a CASAI, onde os pacientes aguardam a logística para retorno às comunidades.

Devido à grave situação sanitária no TIY, a CASAI vem absorvendo um número elevado de pacientes e tem trabalhado com uma ocupação muito superior à capacidade das instalações. Por isso, a atuação de MSF tem sido importante para aliviar a sobrecarga de pacientes no local. MSF tem oferecido consultas médicas e de saúde mental aos indígenas alojados na Casai.

 

MSF iniciou suas atividades no Brasil em 1991, atuando no combate a uma epidemia de cólera na região amazônica. Na sequência, a organização trabalhou no combate a um surto de malária no estado de Roraima, contando com apoio crucial de agentes de saúde e microscopistas indígenas. Mais recentemente, durante a pandemia de COVID-19, MSF atendeu à população indígena nos estados do Mato Grosso do Sul, Amazonas e Roraima. Além das atividades na TIY e CASAI, MSF possui, desde 2018, um projeto de apoio ao sistema de saúde de Roraima em função da chegada de migrantes venezuelanos ao estado. A organização também atua no município de Portel, na região da ilha do Marajó (Pará), reforçando o sistema de saúde local, principalmente para melhoria do atendimento a populações vulneráveis.