Crédito Luciano Capistrano.

O Parque da Cidade Dom Nivaldo Monte foi tomado por milhares de pessoas para assistir ao eclipse solar anular, na tarde do último sábado (14). Natal teve uma posição privilegiada para assistir o fenômeno natural, onde a Lua encobriu 91% do disco solar durante o ápice do eclipse. A estimativa da Prefeitura é que cerca de 2.500 pessoas estiveram no local.

Diferentemente do eclipse solar total, no qual a Lua cobre completamente o disco solar ao se alinhar com o Sol, o eclipse anelar do sábado permitiu a visão de um “anel de fogo” em torno do Sol, deixando apenas uma borda brilhante visível.

O natalense que escolheu o Parque da Cidade para acompanhar o eclipse raro, também participou de uma programação especial promovida pelo Planetário Barca dos Céus, em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb). Além do espetáculo celestial, o público desfrutou de apresentações culturais, incluindo música, capoeira e dança circular, juntamente com atividades interativas e educativas.

“Nós, do planetário preparamos alguns jogos que visam explicar como funciona um eclipse com uma pegada mais educativa, mas sem perder a diversão. Além disso, também organizamos uma projeção para visualização indireta do eclipse para aqueles que não conseguiram o equipamento adequado para a observação”, explica João Henrique Dantas, da equipe do Planetário.

O ápice do fenômeno durou aproximadamente 4 minutos na capital potiguar, enquanto a programação de atividades se estendeu das 14h às 18h30, proporcionando entretenimento e educação relacionados ao evento.

“Muito feliz pela organização desse evento gratuito aqui no Parque, que é um local super importante de ser ocupado pela população. Vim com a família e estamos todos animados para ver esse fenômeno tão raro aqui na nossa cidade”, relata a Ari Souza, estudante presente na contemplação do eclipse.

Jacinto Paulo Neto, do grupo Capoeira Brasil UFRN, relata que foi muito importante de inserção da apresentação na programação de um evento com o público tão grande. “Muito importante estarmos aqui, sabemos que a capoeira é uma manifestação cultural muito estigmatizada, então estamos gratos por mostrar um pouco de como funciona e também abrindo para a participação do público. O importante é que todos se divirtam e se respeitem”, disse.

A realização das atividades programadas esteve inserida na celebração dos 50 anos do Centro de Ciências Exatas e da Terra da UFRN, sendo também colaboradores essenciais, na mesma, o projeto Capoeira Brasil (UFRN), a facilitadora de Danças Circulares Soraya Delúzia, o Trio Terra, Sol e Lua com Marília Vale, Cadu Araújo e Heather Dea Jennings, o projeto Astronomia no Zênite, a Associação Norte-Riograndense de Astronomia, e o Departamento de Física da UFRN.